Seleção de Futsal de São Paulo do Potengi

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sexta-feira, 30 de abril de 2010

KOREA & JAPÃO


                                         2002 - A redenção de Ronaldo e o penta

Data: De 31 de maio a 30 de junho


Países participantes: 32
Campeão: Brasil
2º Colocado: Alemanha
3º Colocado: Turquia
Números: 64 jogos e 161 gols (média de 2,5)

Imagine uma seleção que nos quatro anos que antecederam um Mundial teve quatro técnicos e acreditava em um atacante com duas lesões seguidas nos joelhos para ser seu homem gol. Com a "Família Scolari", o Brasil superou tudo isso, venceu seus sete jogos na Copa do Mundo e conquistou o pentacampeonato. Ronaldo, artilheiro do torneio com oito gols, não marcou apenas em um jogo: nas quartas de final contra a Inglaterra. Tudo bem, porque neste dia os outros "R"s decidiram: Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.
Logo na estreia, um adversário duro: a Turquia. O Brasil saiu atrás no placar, mas conseguiu a virada com gols de Ronaldo e Rivaldo, em pênalti inexistente, pois Luizão foi derrubado pelo zagueiro fora da área. Na sequência, contra a seleção da China, o escrete canarinho passou por 4 a 0, gols de Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e Ronaldo. Para fechar o grupo, a equipe verde-amarela teve outro duelo tranquilo, desta vez com a Costa Rica, e goleada por 5 a 2.
Nas oitavas de final, o Brasil enfrentou a Bélgica, que jogou melhor, teve um gol mal anulado pelo árbitro, viu o goleiro Marcos parar seu ataque e acabou sendo derrotada por 2 a 0, gols de Rivaldo e Ronaldo. Nas quartas, um confronto esperado contra a Inglaterra. O English Team saiu na frente após falha de Lúcio e gol de Owen, mas o Brasil conquistou a virada com grande atuação de Ronaldinho Gaúcho: ele deu o passe para o tento de Rivaldo e marcou um golaço ao cobrar falta direto para a meta defendida por David Seaman, que chorou copiosamente com a eliminação. O meia, porém, deu uma entrada forte em Danny Mills e foi expulso.
A seleção brasileira reencontrou a Turquia nas semifinais, e a estrela de Ronaldo voltou a brilhar: em jogada individual pela esquerda, invadiu a área e tocou de bico no canto esquerdo de Rustu, garantindo o Brasil em sua sétima final de Copa. O rival na decisão foi a Alemanha, que eliminou a surpreendente Coreia do Sul e chegava em busca de seu quarto título mundial.
Na final, um duelo inédito entre as maiores potências do futebol, Ronaldo provou novamente seu valor e sua recuperação plena marcando os dois gols em Oliver Kahn - curiosamente eleito o melhor jogador da competição.

O Brasil foi à Copa com:
Goleiros: Marcos (Palmeiras), Dida (Corinthians) e Rogério Ceni (São Paulo);
Laterais: Cafu (Roma-ITA), Roberto Carlos (Real Madrid-ESP), Belletti (São Paulo) e Júnior (Parma-ITA);
Zagueiros: Lúcio (Bayer Leverkusen-ALE), Roque Júnior (Milan-ITA), Edmílson (Lyon-FRA) e Anderson Polga (Grêmio);
Meio-campistas: Ricardinho (Corinthians), Gilberto Silva (Atlético-MG), Ronaldinho Gaúcho (Paris Saint-Germain-FRA), Kléberson (Atlético-PR), Vampeta (Corinthians), Juninho Paulista (Flamengo) e Kaká (São Paulo);                                                                                                                                               Atacantes: Ronaldo (Internazionale-ITA), Rivaldo (Barcelona-ESP), Denílson (Bétis-ESP), Edílson (Corinthians) e Luizão (Grêmio);
Técnico: Luiz Felipe Scolari.

                                                          CURIOSIDADES
Pela primeira vez uma edição da Copa do Mundo foi organizada por dois países e disputada na Ásia.

Antes da semifinal contra a Turquia, Ronaldo apareceu para o treino com um corte de cabelo diferente: logo foi apelidado de "Cascão".

Durante o torneio, os jogadores brasileiros davam entrevistas todos os dias após. A única exceção era Ronaldo, que falava dia sim, dia não. O assessor de imprensa de Ronaldo (na época) e da seleção, Rodrigo Paiva, acompanhava o tempo todo outro craque do time, Rivaldo, para evitar a ciumeira.

O gol mais rápido em Copas do Mundo aconteceu na decisão do terceiro lugar entre Turquia e Coreia do Sul. A honraria ficou a cargo do atacante turco Hakan Sukur, aos 11 segundos do duelo vencido por sua seleção, 4 a 3.

Homem de confiança de Luiz Felipe Scolari, o volante e capitão Emerson foi cortado na véspera do Mundial por ter lesionado o ombro quando atuava como goleiro em um rachão. O meia Ricardinho entrou em seu lugar.

No jogo entre Portugal e Coreia do Sul, o meia João Pinto cometeu falta violenta em Park Ji-Sung e foi expulso. Inconformado, deu um soco na barriga do árbitro argentino Ángel Sánchez.

A Coreia do Sul eliminou Itália nas oitavas e Espanha nas quartas até cair na semifinal. Ídolo nacional, o técnico holandês Guus Hiddink ganhou o título de cidadão honorário sul-coreano, além de ter seu nome no antigo Gwangju World Cup Stadium, local da vitória sobre os espanhóis.

O técnico sérvio Bora Milutinovic tornou-se o primeiro a dirigir cinco seleções diferentes em Copas do Mundo: México (1986), Costa Rica (1990), Estados Unidos (1994), Nigéria (1998) e China (2002).

A 'família Scolari' igualou o feito da seleção tricampeã mundial de 1970 ao vencer todos os seus jogos na vitoriosa campanha. A equipe de 2002, porém, disputou uma partida a mais, 7 a 6.

Favoritos ao título, a atual campeã França, Portugal e Argentina foram eliminados na primeira fase. Os franceses deixaram a primeira Copa na Ásia sem vencer um jogo sequer.

                                                     O GOL DA COPA
21/6/2002


Brasil 2 x 1 Inglaterra (Rivaldo)
O jogo foi de Ronaldinho Gaúcho, o gol, de Rivaldo. O Brasil perdia por 1 a 0, gol de Michael Owen, em erro de Lúcio, quando Ronaldinho escapou no meio-de-campo e levou três marcadores, pedalando e deixando Ashley Cole no chão. Rivaldo passou pelo lado direito pedindo-lhe a bola, que só saiu no último instante da jogada. Caiu no pé certo, o esquerdo de Rivaldo. O chute preciso entrou no canto direito do goleiro David Seaman. O gol espetacular empatou a partida no último minuto do primeiro tempo, mudando a história do jogo. A vitória viria na segunda etapa, com gol de Ronaldinho, encobrindo o goleiro Seaman numa cobrança de falta quase despretensiosa.

                                                     DESTAQUE DA COPA

Em 1998, na França, ele já apareceu bem ao marcar quatro gols no torneio, mas sua imagem ficou marcada de maneira negativa após ter passado mal no hotel antes da final. Ainda assim foi para o jogo, porém não evitou a derrota do Brasil por 3 a 0. Quatro anos depois, Ronaldo se consagrou em Yokohama com dois gols que deixaram evidenciada a falha da Fifa ao promover a eleição do melhor da Copa antes da decisão. Kahn ganhou o prêmio, mas soltaria nos pés do Fenômeno o chute de fora da área de Rivaldo que abriu o caminho do penta.


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