Seleção de Futsal de São Paulo do Potengi

Seleção de Futsal de São Paulo do Potengi
Em pé: João da Revemac, Zé Quirino, Lia de Bento, Elias Alves, Jailson Gordo(tecnico), e Evandro(auxiliar) , Agachados: João Cabral, Valmir de Manoel Bezerra, Totonho e Porrongo(massagista).

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São Paulo do Potengi, Nordeste, Brazil
Desportistas, Amantes do Esporte em Geral

SEJAM BEM VINDOS

ESTE ESPAÇO É DEDICADO A TODOS QUE QUEIRAM USA-LO PARA AJUDAR A DIVULGAR O ESPORTE EM GERAL SEJA ELE MUNICIPAL, ESTADUAL, NACIONAL E INTERNACIONAL, OBRIGADO PELA VISITA E VOLTE SEMPRE, QUE DEUS VOS ABENÇOE.

segunda-feira, 29 de março de 2010

TODOS OS RESULTADOS deste domingo pelo Brasil e pelo mundo

Destaques deste domingo são os clássicos. O ABC venceu o América, em Natal; o Corinthians bateu o São Paulo, por 4 a 3; Campinense e Treze não saíram de um magro empate por 0 a 0.


Paulistão - 17ª rodada

Corinthians 4 x 3 São Paulo
Oeste 2 x 0 Ituano
Mogi Mirim 3 x 2 Santo Andre
Botafogo 3 x 1 Sertãozinho
Santos 5 x 0 Monte Azul
Portuguesa 1 x 2 Grêmio Prudente

Acreano - 3ª rodada

Adesg 6 x 2 Andirá
Independência 1 x 1 Alto Acre
Atlético Acreano 1 x 1 Náuas

Alagoano - 16ª rodada
ASA 1 x 1 Coruripe
Corinthians-AL 2 x 0 Ipanema
União 1 x 2 Santa Rita
Murici 3 x 0 CSE

Amazonense - 8ª rodada
Sul América 1 x 2 Manicoré
Fast Clube 1 x 0 América
Manaus Compensão 1 x 2 Princesa do Solimões

Baiano - 4ª rodada
Grupo 1
Vitória* 1 x 0 Vitória de Conquista
Grupo 2
Feirense 3 x 2 Fluminense
Bahia 3 x 3 Camaçari
Rebolo
Madre de Deus 1 x 2 Ipitanga
Itabuna 4 x 0 Colo Colo
*Classificado

Brasiliense 1 x 0 Ceilândia
Atlético 0 x 1 Botafogo

Capixaba - 10ª rodada
Linhares 2 x 0 São Mateus
Espirito Santo 1 x 2 Vilavelhense
Rio Bananal 0 x 1 Vitória
Desportiva 1 x 0 Rio Branco

Carioca - 7ª rodada
Flamengo 2 x 1 América
Volta Redonda 1 x 1 Friburguense
Macaé 2 x 2 Duque de Caxias
Vasco 3 x 0 Botafogo

Catarinense - 7ª rodada
Imbituba 1 x 2 Chapecoense
Joinville 3 x 2 Avaí
Atlético Ibirama 3 x 2 Metropolitano

Cearense - 9ª rodada
Crato 0 x 4 Ceará
Ferroviário 1 x 1 Fortaleza
Guarany 6 x 0 Quixadá
Limoeiro 6 x 1 Itapipoca
Maranguape 2 x 0 Boa Viagem

Gaúcho - 6ª rodada
Caxias 2 x 0 Internacional
Veranópolis 3 x 1 São Luiz
Grêmio 2 x 0 Esportivo

Goiano - 17ª rodada
Anapolina 5 x 1 Canedense
CRAC 3 x 0 Trindade
Morrinhos 2 x 2 Santa Helena
Vila Nova 2 x 1 Goiás

Matogrossense
Operário 2 x 2 Luverdense
Mixto 3 x 0 Rondonópolis
Vila Aurora 2 x 2 União Rondonópolis

Paraense - 2ª rodada
Independente 2 x 2 São Raimundo
Remo 0 x 1 Cametá

Paraibano - 14ª rodada
Auto Esporte 0 x 3 Botafogo
Campinense 0 x 0 Treze
Nacional 1 x 1 Esporte
Sousa 2 x 1 Atlético Cajazeiras

Paranaense - 2ª rodada
Iraty 3 x 1 Operário
Coritiba 2 x 1 Corinthians
Paraná 4 x 1 Paranavaí

Pernambucano - 12ª rodada
Sport 2 x 0 Santa Cruz
Salgueiro 2 x 1 Vitória
Vera Cruz 0 x 2 Ypiranga
Central 0 x 0 Araripina

Piauiense - 7ª rodada
04 de Julho 3 x 2 Picos
Comercial 5 x 1 Corissabá
Parahyba 2 x 1 Flamengo
River 0 x 1 Barras

Potiguar - 5ª rodada
ABC 1 x 0 América
Alecrim 2 X 3 Corintians
Santa Cruz 3 x 1 Assu
Potiguar-M 0 x 1 Centenário
Potyguar-CN 1 x 2 Baraúnas

Rondoniense - 5ª rodada
Espigão 2 x 0 Genus

Sergipano - 16ª rodada
Olímpico 2 x 0 Sete de Junho
São Domingos 0 x 2 River Plate
América 2 x 0 Riachuelo
Itabaiana 1 x 2 Sergipe

Sul-Matogrossense - 12ª rodada
Guaicurus 0 x 0 Pantanal
Mundo Novo 0 x 1 Naviraíense
Sete de Setembro 3 x 1 Itaporã
Rio Verde 1 x 3 Costa Rica
Ivinhema 2 x 1 Corumbaense
Misto 1 x 2 SERC

Tocantinense - 6ª rodada
Tubarão 0 x 2 Intercap

PELO MUNDO

Alemão - 28ª rodada
Hoffenheim 1 x 1 Friburg
Borussia Monchengladbach 1 x 0 Hamburgo

Espanhol - 29ª rodada
Osasuna 1 x 0 Almería
Xerez 3 x 0 Valladolid
La Coruña 1 x 3 Getafe
Espanyol 0 x 0 Sporting Gijón
Villarreal 3 x 0 Sevilla
Real Madrid 3 x 2 Atlético de Madrid

Francês - 30ª rodada
Nancy 5 x 1 Lens
PSG 3 x 0 Boulogne
Le Mans 1 x 3 Rennes
Lorient 4 x 0 Sain-Etienne
Toulouse 0 x 2 Nice
Lille 4 x 1 Montpellier

Inglês - 32ª rodada
Burnley 1 x 0 Blackburn Rovers
Liverpool 3 x 0 Sunderland

Italiano - 31ª rodada
Juventus 2 x 1 Atalanta
Livorno 1 x 1 Bari
Sampdoria 1 x 1 Cagliari
Napoli 1 x 0 Catania
Siena 0 x 0 Genoa
Milan 1 x 1 Lazio
Chievo Verona 0 x 0 Parma
Fiorentina 4 x 1 Udinese

Português - 24ª rodada
Rio Ave 1 x 5 Olhanense
Vitória de Setúbal 2 x 1 Nacional da Madeira
União Leiria 1 x 1 Paços Ferreira
Leixões 1 x 0 Naval
Belenenses 0 x 3 Porto

sábado, 27 de março de 2010

Concentrados para o Clássico Rei do domingo, no Frasqueirão.

                                         ABC Futebol Clube
joão paulo craque do ABC     frasqueirão dia de classico
O técnico Leandro Campos sabe que quanto menos mudanças fizer na equipe de uma partida para outra é melhor para o rendimento da equipe, mas os três gols tomados na última partida, contra o Potyguar de Currais Novos, poderá forçá-lo a fazer algumas mudanças de jogadores e até mudanças de posicionamento. A equipe que atuou na última partida foi: Welligton, Deivid (Marquinhos Mossoró), Tiago Garça, Leonardo e Renatinho; Bileu, Marquinhos Mossoró (David), Claudemir e Cascata; João Paulo e Éderson. Abaixo os prováveis relacionados para concentração:


Goleiros: Wellington
Zagueiros: Tiago Garça, Leonardo, Diego Padilha
Volantes: Bileu, David, Marquinhos Mossoró
Laterais: Renatinho, Cláudio Roberto
Meias: Claudemir, Cascata
Atacantes: João Paulo, Éderson, Ivan

América Futebol Clube
                                        Berg, lateral esquerda                 torcida do mecão

No último treion do América o atacante Adriano Magrão sofreu uma pancada quando dividia a bola com Berg e saiu do campo de futebol com dores no ombro, mesmo local da contusão na última partida. Agora Magrão é dúvida para o jogo de domingo. Entrou no seu lugar o atacante Ronny, ao lado de Vaquinho. O time titular no treino foi: Rodolpho; Thoni, Edson Rocha, Robson e Rogerinho; Júlio Terceiro, Elielton, Saulo e Assis; Ronny (Magrão) e Vaguinho. Veja os relacionados para concentraçaão abaixo:


Goleiros: Rodolpho e Adson
Zagueiros: Robson, Adalberto, Fabiano e Edson Rocha
Volantes: Júlio Terceiro, Robson Lima e Eliélton
Laterais: Rogerinho, Berg, Thony e Eduardo Igor
Meias: Saulo, Assis e David
Atacantes: Ronny, Waguinho, Soares e Adriano Magrão

"TÔ PAGANDO" - Direção do Alecrim e do Corintians chegam a um acordo da partida pela 5ª rodada
A direção do Galo do Seridó recebeu a informação da comissão técnica que precisava de mais um dia para recuperar seus jogadores e por isso fez um acordo com a direção do Verdão Maravilha para o jogo entre as equipes, pela 5ª rodada, mudasse mais uma vez de data, isto é, retornando para o domingo, ás 17:00, no Machadão. Para isso o Galo do Seridó pagará todas as despesas da peleja no Machadão, em Natal.
"Tô pagando" - é esse o nome da partida Alecrim x Corintians, domingo, em Natal, no estádio Machadão, às 17:00. Com todas as despesas, aproximadamente R$ 3 mil, pagas pelo time visitante. Não temos lembrança de fato igual em competições nos últimos 11 anos, tempo em que o site está na Internet.

HISTÓRIA DAS COPAS DO MUNDO

Uma Copa Misturada Com Política
A escolha da Itália para sediar a Copa de 1934 foi confirmada pelo Congresso da FIFA de 08/10/1932, realizado em Zurique, Suíça. Já há algum tempo os italianos haviam começado a fazer investimentos em estádios com o intuito de mostrar ao mundo os novos tempos ditados pelo Partido Fascista, agremiação política de cunho ultranacionalista comandada pelo ditador Benito Mussolini, conhecido como o “Duce”. Os fascistas viam na Copa uma ótima oportunidade de fazer propaganda política. A imagem do “Duce” assistindo as partidas da Copa e as saudações fascistas dos jogadores italianos com seus braços esticados, bem como também dos alemães que viviam sob o jugo nazista, foram uma marca triste desta Copa do Mundo. A seleção italiana, dirigida pelo competente e veterano técnico Vittorio Pozzo, tinha pela ótica dos fascistas, que a ameaçava, a obrigação de ganhar a Copa. Oito cidades seriam sede do Mundial, sendo que Florença e Turim teriam estádios novinhos em folha.

Eliminatórias Pela Primeira Vez e Duas Ausências Sentidas
Para a Copa de 1934, pela primeira vez na história, foram realizadas Eliminatórias. Dos 45 países membros da FIFA, 32 se inscreveram para disputar a competição classificatória que definiria os 16 países finalistas. Por mais estranho que possa parecer até mesmo a Itália, o País-sede, teve que disputar o torneio eliminatório. Com uma vitória única de 4 a 0 sobre a Grécia, em partida disputada em Milão, os italianos estavam na Copa. Estranhamente, os gregos desistiram do jogo de volta, em Atenas. Ao final do torneio eliminatório, além da Itália, quase todas as grandes potências européias do futebol estavam classificadas. Pela América do Sul, o Brasil e a Argentina garantiram vaga. O Brasil foi ajudado pela desistência do Peru, com quem disputaria a vaga. Além destes Países, as presenças dos EUA, vencedor das Eliminatórias da América do Norte, Central e Caribe, e do Egito, o primeiro País africano a participar de uma Copa, davam uma dimensão mundial ao evento.
Porém, duas ausências seriam bastante sentidas: a do Uruguai que, ainda ressentido pela ausência dos europeus na Copa que organizara quatro anos antes, anunciou a sua desistência de ir à Itália, e a da Inglaterra, que arrogantemente se achava a melhor seleção do mundo, ignorando assim a competição mundial.

O Brasil Continuou Prejudicado Por Disputas Internas
Nos idos de 1934, o futebol brasileiro vivia uma crise: o profissionalismo, que se espalhava pelo mundo e que havia chegado ao País, não era aceito pela CBD que apoiava o amadorismo. Isso levou a um racha que acabou na criação da FBF, a Federação Brasileira de Futebol, que passou a congregar as equipes profissionais do País, que por tabela possuíam os melhores atletas em ação no Brasil. Porém, a FIFA não reconhecia a FBF, e cabia à CBD convocar e enviar a seleção brasileira para a Copa. Na época, a CBD era dominada pelos dirigentes do Botafogo, o único clube grande ainda filiado àquela entidade. E seu dirigente máximo era Carlito Rocha que passou a fazer propostas financeiras aos jogadores da FBF para que mudassem de lado. Esse incentivo conseguiu atrair alguns bons atletas do Rio e de São Paulo para a CBD, entre os quais Leônidas da Silva e Waldemar de Brito, mas foram insuficientes para que o Brasil levasse sua força máxima para a Copa da Itália.
Assim, no dia 12/05/1934, a delegação brasileira, chefiada por Lourival Fontes, com Carlito Rocha como delegado e juiz, e com um técnico, Luis Vinhais, que havia sido campeão carioca com o Bangu em 1933, embarcou no Porto do Rio no transatlântico “Conte Biancamano” para uma viagem de onze dias rumo a Gênova, na Itália. A viagem se revelaria cansativa para os 17 jogadores brasileiros que estavam a bordo, a menor delegação do País na história das Copas.

 As Oitavas-de-final do Mundial
Espanha bate o Brasil por 3 a 1

Quando do início do Mundial de 1934, duas seleções se destacavam como as grandes favoritas ao título. Primeiro, claro, a Itália, o País-sede, cujo time tinha como base a Juventus, de Turim, que venceria cinco campeonatos italianos consecutivos no início dos anos 30. A seleção italiana jogava junto há cerca de quatro anos e possuía grandes craques como Meazza, Ferraris IV e Schiavio, apoiados por vários “oriundi” (como os argentinos Monti, Guaita e Orsi, e o brasileiro Guarisi, também conhecido como Filó). Dentre os “oriundi”, Luis Monti havia jogado a final da Copa de 1930, pela seleção argentina. Outra grande equipe da época era a da Áustria, conhecida como “Wunderteam” ou “Equipe Maravilhosa”. A seleção austríaca vinha encantando a Europa nos últimos três anos. Era treinada por Hugo Meisl, uma espécie de Vittorio Pozzo austríaco. Porém, havia um consenso de que a equipe já havia passado de seu pico. Mathias Sindelar era seu principal astro. Quatro meses antes da Copa, em Turim, em partida amistosa, a Áustria bateria a Itália por 4 a 2, o que traria preocupações para os italianos.

Pelo regulamento da Copa, as partidas seriam jogadas na base do mata-mata, isto é, os vencedores seguiam passando de fase, enquanto os perdedores voltavam para casa. E assim, o Brasil foi suplantado logo no início pelo melhor conjunto da Espanha, debaixo de um calor de 31 graus. Ao final do primeiro tempo, os espanhóis já venciam por 3 a 0. Na segunda etapa, contudo, o Brasil melhorou. Leônidas diminuiu aos 11; Luisinho teve um gol mal anulado, por impedimento, aos 15; e Waldemar de Brito bateria um pênalti, aos 17, para a defesa do grande arqueiro espanhol Ricardo Zamora, à época com 34 anos. No final, Espanha 3 a 1, classificada, e o Brasil tendo que arranjar uma excursão às pressas pela Europa antes de retornar ao Rio de Janeiro.
A Itália estrearia na Copa com uma bela goleada de 7 a 1 sobre os EUA, que possuíam uma equipe bem inferior à de quatro anos atrás, no Uruguai; a Alemanha, que havia se preparado duramente para a Copa, virou pra cima da Bélgica por 5 a 2, depois de estar perdendo por 2 a 1 no final da primeira etapa; Suécia e Argentina fizeram um jogo bastante disputado, aonde os portenhos chegaram a estar duas vezes à frente do placar. Mas, no final, deu Suécia: 3 a 2; o ferrolho suíço suplantou a Holanda também por 3 a 2. Mais um 3 a 2 foi o resultado da vitória difícil da Áustria sobre a França; a Tchecoslováquia, por sua vez, virou pra cima da Romênia, vencendo por 2 a 1; e a Hungria, surpreendentemente, sofreu para bater o Egito por 4 a 2.

As Batalhas das Quartas-de-final
Dois embates das quartas-de-final da Copa de 1934 estavam entre os mais esperados daquele Mundial: Itália e Espanha, em Florença; e Áustria e Hungria, dois velhos inimigos, em Bolonha. Na batalha de Florença, italianos e espanhóis fizeram uma partida violenta, em que o juiz mostrou-se fraco. Mussolini a tudo assistia em tom ameaçador na tribuna do estádio. No final, após prorrogação, empate de 1 a 1. Como não havia ainda disputa de pênaltis, marcou-se outra partida para – incrível - o dia seguinte. Com vários atletas machucados de ambos os lados, a Itália optou por trocar quatro jogadores, enquanto a Espanha mudou sete. Foi mais um jogo duro, em que a Itália venceria com um gol de cabeça de Meazza, após cobrança de escanteio, indefensável para o goleiro reserva da Espanha, Noguet. Em Bolonha, em outro show de pancadaria, a Áustria bateria a Hungria por 2 a 1.

Nas outras duas partidas daquela fase, a Alemanha, com sua torcida brandindo suásticas, venceria a Suécia por 2 a 1, em Milão; e a Tchecoslováquia suaria para derrotar a defesa suíça por 3 a 2, naquele que foi considerado o melhor jogo desta fase da Copa.

Os Estágios Finais do Mundial
Meazza recebe a Copa do Mundo
O jogo mais aguardado da Copa de 1934, Itália versus Áustria, ocorreria em Milão, pelas semifinais. Porém, a forte chuva que havia caído na véspera da partida encharcou o campo e comprometeu o toque de bola da Áustria, cujos jogadores eram duramente marcados pelos italianos, que vinham de duas partidas cansativas contra os espanhóis. O único gol do jogo foi marcado pelo ítalo-argentino Guaita, aos 19 minutos do primeiro tempo, após uma trombada com o arqueiro austríaco Platzer. A Itália, assim, estava na final. Na outra semifinal, em Roma, uma das grandes surpresas da competição foi a vitória da Tchecoslováquia sobre a favorita Alemanha por 3 a 1. Com a ausência de seu principal craque, o atacante Karl Hohmann, machucado, a Alemanha, que jogava na tradicional formação em “W”, acabou sucumbindo ao eficiente futebol de toques curtos dos tchecos conhecido como “Escola do Danúbio”.

Pela primeira vez, houve disputa de terceiro lugar. Na partida jogada em Nápoles, a Áustria, sem Sindelar, machucado, acabou perdendo para a jovem equipe alemã pelo placar de 3 a 2, o que colocaria um ponto final na vibrante história do “Wunderteam”. Três anos depois, as tropas nazistas de Hitler invadiriam e anexariam a Áustria à Alemanha. Em 1939, aos 35 anos, Sindelar morreria em circunstâncias misteriosas, intoxicado por monóxido de carbono, tudo indica que por ação dos nazistas da Gestapo.
A final foi disputada num domingo, 10 de junho, em Roma, diante de 50 mil pessoas. O estádio não estava cheio. O “Duce” marcava presença na tribuna com todo o seu ministério. E foi um jogo muito nervoso. O primeiro tempo, bastante equilibrado, acabou sem gols. Porém, para grande susto da torcida local, o ponta-esquerda tcheco Antonin Puc, que havia deixado o campo com cãibras, retornava ao gramado para abrir a contagem aos 31 minutos da etapa final. Mais dois minutos, e Svoboda chutou na trave de Combi. Contudo, veio o gol de empate, aos 36, através de Raimondo Orsi, e a partida foi para a prorrogação. A torcida vibrava. E assim, logo aos 5 minutos do tempo extra, os “tifosi” exultaram quando Schiavio faria o gol da virada e do título para a Itália. A “Squadra Azzurra” ganhava assim seu primeiro título mundial, tendo proporcionado ao mundo uma Copa que deu à Itália um lucro de um milhão de liras. Um bom presságio para o futuro da competição.

Ficha Técnica da Final

Italianos celebram o título

Itália 2 x Tchecoslováquia 1

Local: Estádio Nacional (Roma)
Público: 50.000
Juiz: Ivan Eklind (Suécia)
Assistentes: Mihaly Ivancsics (Hungria) e Louis Baert (Bélgica)
Gols: Puc 31 e Orsi 36 do 2º. Prorrogação: Schiavio 5 do 1º tempo.
Itália: Combi, Monzeglio e Alemandi, Ferraris, Monti e Bertolini, Guaita, Meazza, Schiavio, Ferrari e Orsi.
Técnico: Vittorio Pozzo
Tchecoslováquia: Planicka, Zenisek e Ctyroki, Kostalek, Cambal e Krcil, Junek, Svoboda, Sobotka, Nejedly e Puc.  Técnico: Karel Petru

Os Campeões do Mundo



ITÁLIA

Goleiros: Combi (Juventus), Cavanna (Napoli) e Masetti (Roma)
Defensores: Alemandi (Ambrosiana-Inter), Caligaris (Juventus), Monzeglio (Bologna) e Rosetta (Juventus)
Meias: Bertolini (Juventus), Castellazzi (Ambrosiana-Inter), Ferraris (Roma), Meazza (Ambrosiana-Inter), Monti (Juventus), Pizziolo (Fiorentina) e Varglien (Juventus)
Atacantes: Arcari (Milan), Borel (Juventus), Demaria (Ambrosiana-Inter), Ferrari (Juventus), Guaita (Roma), Guarisi (Lazio), Orsi (Juventus) e Schiavio (Bologna)
Técnico: Vittorio Pozzo

Campanha: 5 J, 4 V, 1 E, 0 D, 12 GF, 3 GC

Números da Copa de 1934
Países participantes: 16
Número de jogos: 17                                                                                                                                   Gols marcados: 70 (4,12 gols por jogo)
Público: 358.000 (21.059 por jogo)
Cidades-sede: 8
Artilheiro: Oldrich Nejedly (Tchecoslováquia), com 5 gols
Posição do Brasil: 14º lugar

quarta-feira, 24 de março de 2010

FPF e Globo vão à Câmara de SP para barrar lei de horários

        
            Em audiência na Câmara Municipal de São Paulo marcada às pressas para discutir um projeto já votado em segunda e definitiva discussão, a Globo Esportes e a Federação Paulista de Futebol (FPF) pressionaram nesta terça-feira os vereadores pela alteração da proposta que impede a realização de jogos de futebol na capital paulista depois das 23h15
Marcelo de Campos Pinto, diretor executivo da Globo, chegou a dizer em plenário que clubes como Corinthians e São Paulo passariam a mandar seus jogos fora da cidade por causa da regra, o que seria pior para seus torcedores do que as partidas com final perto da meia-noite.

O presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, fez ameaça maior. Declarou que os clubes paulistas podem ser impedidos pela Conmebol de participarem da Copa Libertadores a partir de 2011, por não cumprirem os acordos de transmissão de TV em seu País.
O texto que obriga os jogos a começarem no máximo às 21h15 foi aprovado há duas semanas por 43 dos 55 vereadores e aguarda sanção ou veto do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que ainda não manifestou sua posição. Se o prefeito não vetar a proposta nos próximos oito dias, a Câmara pode promulgar o projeto e a regra, desta forma, entra em vigor.

Pressão contra a lei
Nos últimos dias, executivos da Globo e dirigentes da FPF têm pressionado tanto o Executivo como a Câmara pela alteração do texto. As audiências no Legislativo são marcadas sempre antes das votações dos projetos.
Mas, após pedido feito por Del Nero ao presidente da Câmara, Antonio Carlos Rodrigues (PR), uma reunião aberta foi marcada para que fossem apresentados os argumentos dos dirigentes e executivos contrários à mudança. Durante quase quatro horas, houve embate entre os representantes da Globo e da FPF com os vereadores.
Segundo o diretor executivo da Globo Esportes, os jogos realizados às 21h45 nos dias de semana registraram em 2009 média de público de 23.787 pagantes, superior à dos jogos realizados às 21 horas, de 17.911. "A plasticidade dos estádios cheios também nos interessa, dá credibilidade à TV, que representa o estádio infinito. Por isso há uma imperiosa necessidade de que sejam mantidos os jogos às 21h45", argumentou o diretor.

Tom ameaçador
O tom de ameaça do executivo e do dirigente causou mal-estar e momentos de tensão no plenário. "Na base do tapetão, estão tentando uma prorrogação que não existe. O projeto já foi votado, está nas mãos do prefeito", bradou o vereador Adilson Amadeu (PTB).
Apesar da pressão, o Legislativo descartou por enquanto elaborar novo projeto. Presente na audiência, o secretário municipal de Esportes, Walter Feldmann, disse que Kassab ainda não decidiu se vai vetar a iniciativa da Câmara.

Imperador é intimado e vai prestar depoimentos à Polícia

Após Vágner Love, o atacante Adriano também foi intimado a prestar depoimento à Polícia do Rio de Janeiro. O Imperador terá que esclarecer a compra de uma moto no valor de R$ 35 mil dada de presente à Marlene Pereira, mãe do traficante Mica, apontado pela polícia como chefe do tráfico na Favela da Chatuba, no Rio de Janeiro, local onde Adriano morou na infância.

O delegado Jader Amaral, responsável pelo caso, informou que o jogador do Flamengo deverá comparecer à delegacia na próxima quinta-feira, às 13 horas. De acordo com o delegado, Adriano só irá prestar depoimento e no momento ainda não pode ser considerado culpado por nenhum crime.

"A princípio, o Adriano não é suspeito de nada. Dar uma moto de presente não é crime, mas é importante investigar as circunstâncias em que essa moto foi usada e com qual finalidade ela foi presenteada à mãe de um traficante", ressaltou.
Caso seja confirmado que a moto dada por Adriano tenha sido usada para favorecer ações do tráfico, o Imperador, assim como a mãe de Mica, poderá ser indiciado pelo crime de associação com o tráfico. A pena para este tipo de delito varia de três a dez anos de prisão.
Marlene Pereira faltou ao depoimento marcado para esta terça-feira, e deve receber nova intimição para depor nesta quarta. Além da mãe de Mica, o gerente da loja também deverá prestar depoimentos à polícia, assim como Marcos José de Oliveira, amigo de Adriano que efetuou a compra.

Mais interrogatórios
Outro jogador intimado a depor pela Polícia do Rio de Janeiro foi Vagner Love. O parceiro de ataque do Flamengo já deu seus esclarecimentos à polícia. Love também era suspeito de ter relação com traficantes, após a divulgação de imagens que mostravam o jogador andando do lado de dois supostos traficantes armados em um baile funk na favela da Rocinha.
Perguntado sobre seu envolvimento com os indivíduos, o matador rubro-negro declarou que não os conhecia. De acordo com o jogador, por ser uma pessoa pública andando na favela, os traficantes "colaram" nele para evitar qualquer tipo de tumulto e para também ganhar maior exposição entre os moradores.
"Homens armados são coisas que existem lá dentro, e eles vão sempre querer estar ao lado de pessoas públicas. Depois, pensando melhor, vi que é uma coisa ruim, passar por isso tudo, e ter que prestar esclarecimentos", concluiu Love.

Cafu fala da pressão por Ronaldinho na Copa e planeja despedida pela seleção

               Lateral-direito do tetra e do penta esteve nesta terça-feira em evento de divulgação da Copa do Mundo de 2010, no Museu do Futebol
Se o evento tem relação com a Copa do Mundo de 2010 ou com a seleção brasileira, um assunto parece ser obrigatório: Ronaldinho Gaúcho. O meia do Milan está longe de ser opção na lista do técnico Dunga para o Mundial, mas a pressão por parte da opinião pública aumenta a cada dia. Algo que para o pentacampeão Cafu é normal.

- A cobrança é normal. Eu fui a quatro Copas do Mundo (1994, 1998, 2002 e 2006) e sempre houve algo nesse sentido, de alguém querer um jogador que não está. É do DNA do brasileiro. Mas o Dunga já sabe com quem vai contar – falou o ex-lateral da seleção, durante evento da Copa de 2010, no Museu do Futebol, em São Paulo.
Longe do futebol, Cafu por enquanto tem cuidado das ações sociais de sua fundação. Mas ainda falta alguma coisa na carreira do lateral: uma despedida. Como ainda não encerrou oficialmente sua trajetória no futebol, ele espera homenagem da seleção brasileira.
- Já planejo o fim da carreira há muito tempo. Só falta oficializar. Eu queria uma homenagem da seleção brasileira, uma grande despedida. Mas vamos ver o que acontece – declarou Cafu, bicampeão da Copa do Mundo, em 1994 e 2002.
Além dessas conquistas, Cafu é o jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção brasileira na história: foram 148 partidas.

O maior? Melhor que Maradona? Se ainda não é, Messi pode ser, dizem analistas

Imprensa em Barcelona usa números para mostrar que Messi é o grande jogador da história do clube. Para tomar o mundo, restaria ganhar a Copa

Com Cruyff e Maradona, Messi é o melhor da história". As palavras do presidente do Barcelona, Joan Laporta, podem soar como exagero à primeira vista. Mas os números indicam que se Messi ainda não é "o maior" do clube, ao menos já está bem credenciado para chegar lá.

Com 22 anos de idade, Messi já carrega em seu currículo, entre outras conquistas menos importantes, três títulos do Campeonato Espanhol, dois da Liga dos Campeões e um do Mundial de Clubes. Eleito melhor jogador do mundo pela Fifa e ganhador da Bola de Ouro em 2009, Messi faz agora uma temporada de sonhos.
São 25 gols marcados em 24 jogos disputados pelo Campeonato Espanhol na temporada (faltam nove para alcançar a marca histórica de Ronaldo Fenômeno). No total, em jogos oficiais da época 2009-2010, são 34 gols. Só nos últimos cinco jogos, Messi balançou a rede 11 vezes.
- Cruyff foi muito importante para o Barcelona, mas só foi campeão uma vez do Espanhol. Maradona, nenhuma vez. Ao Messi, só falta mesmo ser campeão mundial (de seleções) - disse  o jornalista Marcos Lopez, do jornal "El Periódico", da Catalunha.

Montagem mostra Messi, de camisa da Argentina, no topo do mundo. Para Evaristo de Macedo, só falta realmente uma Copa para o craque se colocar ao nível dos maiores da história, como Maradona

A opinião de que, no Barcelona, Messi de fato é muito acima da média ganha eco com Evaristo de Macedo. Ídolo do Barça nas décadas de 50 e 60, o ex-atacante também vê potencial para que Lionel supere Maradona. A prova final, entretanto, acontece em junho, na África do Sul.

- Messi vem de duas temporadas muito boas. Falta ganhar uma Copa. Depois disso, se ele realmente demonstrar tudo o que sabe, aí poderemos comparar ao Maradona. Vamos aguardar - disse Evaristo, por telefone.

Opiniões sobre Messi* 'Messi é o mais completo que já vi. Já é superior a Maradona. Diego ganhava dele com a bola parada. Mas Messi é mais rápido e mais habilidoso' 'É o melhor do mundo, e não se pode compará-lo a ninguém. Faz gols e também os dá, os fabrica. Eu já sofri com ele há uma semana, no Camp Nou. É complicado' 'Messi faz o que nós fazíamos na praça, quando éramos crianças. Pegávamos a bola e driblávamos seis, que eram ruins. Ele faz isso com profissionais'

Miguel Angel Lotina, técnico do Deportivo La Coruña César Sánchez, goleiro do Valencia Luis Enrique, ídolo e atual técnico do time B do Barcelona

A própria sombra de Ronaldinho Gaúcho, ídolo mais recente a Messi no Barcelona, impede que Messi seja elevado a um patamar muito acima dos demais jogadores. É a opinião de Djalminha, ex-Flamengo, Palmeiras, La Coruña e seleção brasileira.

- O que ele está fazendo no Barcelona, o Ronaldinho já fez muito mais. É um grande jogador, que vem respaldado com uma grande seleção (Argentina), diferentemente do Drogba e Cristiano Ronaldo, por exemplo. Se ele jogar o que sabe, Argentina é uma das grandes favoritas na Copa - disse Djalminha, em entrevista ao "Arena SporTV".
Em termos de Barcelona, Messi já conquistou mais do que Ronaldinho. O brasileiro foi bicampeão espanhol e levou uma Liga dos Campeões. Mas engana-se quem pensa que o craque dentuço foi completamente esquecido na Catalunha. Ele, por sinal, é tido como grande responsável pela atual grandeza de Messi.

- Ronaldinho foi o grande responsável pelo reerguimento do Barcelona. Com sua chegada e seu sorriso, o clube voltou a brilhar. E foi neste ambiente que Messi chegou aos profissionais. Ainda com 17 anos, foi recebido por Ronaldinho no grupo principal. Ele deu todas as condições para que o garoto entrasse no time sem pressões. Não existiria este Messi se não fosse Ronaldinho - explicou o jornalista Marcos Lopez, que destacou ainda o trabalho do técnico Pep Guardiola para o sucesso do craque argentino.

Presidente do Cagliari cumpre promessa e reembolsa torcida após derrota

Massimo Cellino afirmou na semana passada que devolveria o dinheiro dos ingressos caso o time perdesse para o Lazio
Promessa feita, promessa cumprida. Em anúncio no seu site oficial, o Cagliari divulgou que os torcedores da equipe que assistiram à derrota para o Lazio (2 a 0), no último domingo, receberão o dinheiro dos seus ingressos de volta. Na semana passada, o presidente do clube, Massimo Cellino, afirmou que reembolsaria os tifosi caso o time, que já vinha de três resultados negativos, voltasse a perder no Campeonato Italiano.

Os cerca de 12 mil torcedores que foram ao estádio Sant'Elia poderão recuperar o dinheiro a partir desta terça-feira em lugares determinados pelo clube. Os valores ingressos variavam de € 10 (mais barato) a € 60 (mais caro). Com 39 pontos, o Cagliari, que conta com os brasileiros Jeda e Nenê no seu elenco, ocupa a 10ª colocação no Calcio.
Ja pensou se essa moda pega aqui no BRASIL tem time que irá a falencia logo logo.

terça-feira, 23 de março de 2010

Brasileiros ganham títulos no futebol, mas CBF destaca "méritos presidenciais

Quando me refiro à seleção brasileira como "seleção da CBF", alguns internautas se aborrecem, reclamam. Mas é como vejo, já há algum tempo, a reunião dos convocados pelo técnico contratado da entidade, seja ele qual for. E a própria confederação reforça a tese. Veja, abaixo, como estava a home page do site da mesma na tarde desta segunda-feira.



Lá dentro, o texto destaca que a "administração do presidente Ricardo Teixeira completou (...), com a conquista do Sul-Americano Feminino Sub-20 a marca de 100 títulos de campeão". Foto das meninas? Nada disso. Aí está o dirigente em destaque. Com toda a justiça, não? Aspas para ele:

"Quando assumi, a CBF estava praticamente quebrada, com dívidas e sérios problemas financeiros. Hoje, ostenta solidez financeira e credibilidade condizentes com a importância da entidade que tem a seleção de futebol mais famosa do mundo. Esse é outro grande motivo de realização", disse o dirigente ao site da sua entidade.
Mais adiante, humilde, o presidente da CBF faz questão de "enaltecer quem considera os grandes responsáveis pelo número 100 de títulos - jogadores e integrantes de comissões técnicas". Já o texto, nada modesto, acrescenta que "o trabalho competente, feito de maneira silenciosa, se revela altamente produtivo, como se pode ver no número crescente de contratos assinados pela CBF com as maiores empresas do Brasil e do mundo".
Sem dúvida. A CBF enriquece, os clubes não. Como as demais confederações, mantém contratos de publicidade com várias empresas e faz amistosos por vultosas quotas, formando, quase sem custo, equipes que nada mais são do que reuniões de jogadores que custam milhões a clubes brasileiros e estrangeiros. Um negócio dos mais interessantes, não?
A CBF não precisa manter um elenco, ela forma um scratch quando quer. E pode excursionar pelo mundo. Os times nacionais, não. Ela tomou para si a exclusividade no papel de representante do futebol brasileiro pelos gramados do planeta. Assim, amistosos na Europa ou na Ásia ficaram no passado para os times daqui. Só ela joga, se exibe, fatura. De qualquer forma, parabéns!!!

segunda-feira, 22 de março de 2010

TODOS OS RESULTADOS

de domingo pelo Brasil e pelo Mundo


Mais um domingo repleto de futebol acabou. E, como sempre, A GRAESPP  com o melhor PLACAR  do Brasil e mundo, deu mais um show de cobertura acompanhando o futebol de Norte a Sul do Brasil, além dos Campeonatos Internacionais.

O grande destaque do final de semana foi o Santos, que venceu o Ituano, por 9 a 1. Outra goleada histórica aconteceu no Matogrossense, onde o Sorriso venceu por 14 a 0 o Cáceres.

Nos clássicos, Flamengo e Botafogo empataram por 2 a 2, o Ceará venceu o Fortaleza por 3 a 1, o Santa Cruz venceu o Náutico, por 4 a 2, e o Papão foi campeão do primeiro turno, após empatar por 3 a 3 com o
Em São Paulo:   Paulistão - 15ª rodada
Grêmio Prudente 2 x 0 Corinthians
São Paulo 3 x 0 Mogi Mirim
Santos 9 x 1 Ituano
Paulista 1 x 0 Botafogo
São Caetano 2 x 2 Oeste

Acreano - 2ª rodada

Náuas 1 x 0 Rio Branco
Vasco da Gama 1 x 2 Plácido de Castro
Juventus 3 x 1 Andirá

Alagoano - 14ª rodada

Penedense 1 x 2 Murici
Corinthians 2 x 0 Santa Rita
Coruripe 3 x 1 CSE
ASA 4 x 0 Ipanema

Amazonense - 7ª rodada

América 4 x 0 São Raimundo
Sul América 1 x 1 Manaus Compensão
Princesa do Solimões 2 x 2 Nacional
Peñarol 1 x 1 Fast Clube

Baiano - 2ª rodada

Grupo 1
Vitória da Conquista 0 x 1 Bahia de Feira
Vitória 4 x 0 Atlético
Grupo 2
Bahia 3 x 2 Fluminense de Feira
Rebolo

Madre de Deus 2 x 0 Colo Colo
Ipitanga 4 x 1 Itabuna

Brasiliense - 14ª rodada

Brasiliense 5 x 1 Luziânia
Brasília 1 x 2 Ceilândia
Gama 1 x 1 Atlético Ceilandense
Dom Pedro 0 x 2 Botafogo-DF

Capixaba - 9ª rodada

Serra 4 x 3 Rio Branco
Rio Bananal 2 x 1 Linhares
Espírito Santo 5 x 2 Desportiva
Vilavelhense 1 x 1 São Mateus

Carioca - 5ª rodada

Fluminense 2 x 1 Resende
Duque de Caxias 0 x 1 Madureira
Americano 2 x 1 Macaé
América 3 x 2 Boavista
Tigres do Brasil 3 x 0 Volta Redonda
Botafogo 2 x 2 Flamengo
Catarinense - 5ª rodada

Brusque 2 x 2 Chapecoense
Imbituba 1 x 0 Avaí
Joinvile 1 x 1 Atlético Ibirama

Cearense - 7ª rodada

Boa Viagem 1 x 2 Horizonte
Guarani 1 x 1 Itapipoca
Guarany 3 x 0 Crato
Fortaleza 1 x 3 Ceará

Gaúcho - 4ª rodada

Inter-SM 3 x 2 Avenida
Ypiranga 1 x 3 Grêmio
Internacional 2 x 2 Pelotas

Goiano - 15ª rodada

Anapolina 1 x 4 Itumbiara
Atletico 3 x 1 CRAC
Canedense 1 x 4 Santa Helena
Vila Nova 2 x 1 Trindade

Matogrossense

Operário 6 x 0 Cacerense
Mixto 2 x 2 Rondonópolis
Barra dos Guarças 0 x 1 Vila Aurora
Cáceres 0 x 14 Sorriso
Luverdense 1 x 0 Sinop
Rondonópolis 5 x 0 Palmeiras

Mineiro - 10ª rodada

Ituitaba 1 x 1 Uberlândia
Villa Nova 1 x 3 Atlético
Ipatinga 2 x 2 Caldense

Paraense Final 1°turno

Remo 3 x 3 *Paysandu
*Campeão do 1°turno

Paraibano - 12ª rodada

Auto Esporte 5 x 2 Atletico Cajazeiras
Desportiva 3 x 0 Esporte
Treze 1 x 0 Botafogo
Nacional 5 x 0 Queimadense
Sousa 1 x 2 Campinense

Paranaense - 13ª rodada

Atlético 4 x 0 Paranavaí
Toledo 1 x 2 Paraná
Cianorte 1 x 2 Iraty
Nacional 0 x 1 Operário
Corinthians* 3 x 0 Engenheiro Beltrão
Serrano 1 x 1 Rio Branco
Cascavel 0 x 0 Coritiba
*Vitória por W.O.

Pernambucano - 16ª rodada

Santa Cruz 4 x 2 Nautico

Piauiense

Corissabá 1 x 3 Barras
Comercial 1 x 0 Picos
04 de Julho 4 x 3 Piauí
Flamengo 1 x 1 River

Potiguar - 3ª rodada
Potyguar-CN 2 x 1 ASSU

América 1 x 0 Alecrim
Corintians 3 x 0 Santa Cruz
Baraúnas 0 x 3 Potiguar-M

Rondoniense - 4ª rodada

Cruzeiro 0 x 9 Vilhena
Ariquemes 0 x 0 Rolim de Moura
Espigão 2 x 1 Shallon

Sergipano - 14ª rodada

América 0 x 2 Sergipe
São Domingos 2 x 1 Riachuelo
Olímpico 1 x 1 River Plate
Guarany 1 x 2 Sete de Junho
Confiança 1 x 3 Itabaiana

Sul-matogrossense

Mundo Novo 1 x 1 Sete de Setembro
Rio Verde 0 x 1 MS/Saad
Costa Rica 0 x 2 SERC
Águia Negra 1 x 1 Itaporã

Tocantinense - 5ª rodada

São José 1 x 2 Interporto

PELO MUNDO


Alemão - 27ª rodada
Hamburgo 2 x 2 Schalke 04
Wolfsburg 1 x 5 Hertha Berlim

Espanhol - 27ª rodada
Osasuna 1 x 3 Racing Santander
Malaga 2 x 0 Villareal
Mallorca 4 x 1 Atletico de Madrid
Valencia 2 x 0 Almería
Zaragoza 2 x 4 Barcelona

Francês - 29ª rodada
Bordeaux 3 x 1 Lille
Montpellier 2 x 1 Valenciennes
Olympique de Marselha 2 x 1 Lyon

Inglês - 31ª rodada
Manchester United 2 x 1 Liverpool
Fulham 1 x 2 Manchester City
Blackburn 1 x 1 Chelsea

Italiano - 29ª rodada
Chievo 1 x 1 Catania
Siena 1 x 0 Bologna
Cagliari 0 x 2 Lazio
Bari 1 x 1 Parma
Milan 1 x 1 Napoli
Atalanta 3 x 0 Livorno
Sampdoria 1 x 0 Juventus

sexta-feira, 19 de março de 2010

Copa do Mundo – Uruguai 1930

a 1ª Copa do mundo

Os Preparativos Para a Primeira Copa do Mundo

No capítulo anterior de nossa História das Copas do Mundo explicamos as razões que levaram à escolha do Uruguai para sediar a I Copa do Mundo em 1930. Porém, o primeiro Campeonato Mundial nasceu sob o signo da incerteza. Até dois meses antes da abertura da Copa, nenhuma seleção da Europa havia confirmado presença na competição. Pior, algumas das grandes forças do futebol europeu já haviam anunciado que não iriam ao País sul-americano: Espanha, Áustria, Hungria, Itália, Tchecoslováquia, Suíça e Alemanha, entre elas. A desculpa era o tempo excessivo de viagem de navio entre os dois continentes (15 dias para ir e 15 para voltar). Além disso, o mundo ainda vivia as conseqüências da grande depressão econômica de 1929. Os ingleses, que nem sequer faziam parte da FIFA, também não viriam. Foi então que o próprio presidente da FIFA, Jules Rimet, entrou pessoalmente na questão, apelando para algumas federações do velho continente. No final, conseguiu com que a sua França, a Bélgica, a Iugoslávia e a Romênia garantissem sua participação na Copa. Pela Romênia, o próprio Rei Carol empenhou-se em selecionar a equipe e negociar com os patrões dos jogadores a ida dos mesmos ao Uruguai. Assim, finalmente, três seleções européias embarcariam a bordo do “Conte Verde” rumo à terra charrua (a iugoslava havia viajado antes no “Florida”) em busca do sonho dourado da I Copa do Mundo. Neste navio viajavam também Rimet, a taça e três árbitros europeus que apitariam no Mundial.
Ao País-sede e aos quatro Países europeus, somaram-se mais oito Países do continente americano, sendo sete da América do Sul mais os EUA. Todos se inscreveram na Copa ao aceitarem oficialmente o convite da FIFA. A Copa de 1930 foi a única da história a não ter Eliminatórias.
Para a realização do Mundial, o único da história a ser disputado em somente uma cidade, a capital Montevidéu, foram usados três estádios, sendo o maior deles, o “Centenário”, obra gigantesca do arquiteto Juan Scasso, com capacidade para 80 mil espectadores. Este estádio só ficaria pronto com o Campeonato já em andamento.

Confusão e Bairrismo no Brasil
O Brasil, através de sua federação, a CBD, foi um dos primeiros países a garantir presença no Mundial do Uruguai. A CBD, sediada no Rio de Janeiro, confirmou em maio de 1930 a lista de jogadores convocados para a Copa. Porém, a federação paulista (a APEA), apesar de concordar com a lista que continha 15 jogadores paulistas, não aceitava a formação da comissão técnica composta de três cariocas. A APEA exigia um representante paulista na comissão. A CBD, por sua vez, não concordava com as exigências paulistas. Assim, o impasse se prolongou até o fim, forçando a CBD a convocar 21 cariocas e apenas um paulista, Araken Patusca, que brigou com seu clube, o Santos, e furou o boicote de sua federação. Por esse bairrismo irresponsável, o Brasil acabou não levando a sua força máxima para a competição, onde foram notáveis as ausências de grandes craques paulistas da época como Friedenreich e Feitiço, entre outros. Sem um técnico propriamente dito, a seleção que pegaria carona no porto do Rio de Janeiro no “Conte Verde” rumo ao Uruguai era comandada por uma comissão formada por Píndaro de Carvalho, Gilberto de Almeida Rêgo, que também era árbitro, e Egas de Mendonça, todos cariocas. Sem conjunto, mas com bons valores individuais, o Brasil seguiu para o Uruguai sem realizar sequer um jogo-treino antes do Mundial. Na equipe nacional que participaria daquela Copa, destacavam-se o meia Fausto dos Santos, dono de uma das mais brilhantes carreiras do nosso futebol, e o atacante Preguinho, filho do escritor Coelho Neto, além do próprio Araken.

A Primeira Fase da Copa
Com o número de 13 países participantes, e não 16, a FIFA decidiu evitar jogos eliminatórios na primeira fase ao dividir as seleções em quatro grupos, cujos vencedores se classificariam automaticamente para as semifinais. Assim, a Copa do Mundo teve duas partidas iniciais disputadas simultaneamente em 13 de julho: França 4 x México 1, pelo grupo 1, no estádio “Pocitos” e EUA 3 x Bélgica 0, pelo grupo 4, no estádio “Parque Central”. O meia-direita francês Lucien Laurent foi o autor do primeiro gol da história das Copas.
Pelo grupo 1, apesar da estréia com goleada em cima dos mexicanos, a boa seleção francesa não conseguiria passar pela Argentina, na segunda rodada, perdendo por 1 a 0. Esta foi a partida que decidiu o grupo. A Argentina tinha uma equipe ainda mais forte do que a que decidira a Olimpíada de 1928, tendo no centro-médio Luis Monti, o seu grande destaque. A França ainda perderia surpreendentemente para o Chile. Os portenhos, por sua vez se imporiam ainda, com categoria, à Chile e México. Neste grupo, a partida Romênia 3 x Peru 1 teve o pior público da história das Copas: 300 pessoas.
Pelo grupo 2, o Brasil, sofrendo com um frio de quase zero, perderia a partida de estréia para a Iugoslávia por 2 a 1. Com jogadores individualmente melhores que os da equipe iugoslava, o Brasil seria derrotado pela sua falta de conjunto. Na partida seguinte, a Iugoslávia goleou a Bolívia por 4 a 0. Assim, de nada adiantou ao Brasil, com seis alterações em relação ao jogo anterior, vencer a Bolívia pelo mesmo placar. A Iugoslávia estava classificada para as semifinais.
Pelo grupo 3, o Uruguai estreou nervosamente contra o Peru, em partida que inaugurou o estádio “Centenário”. A vitória magra por 1 a 0 causou muitas críticas ao time da casa. Porém, na partida seguinte, com a entrada do veterano Hector Scarone, o Uruguai atropelaria a Romênia (4 a 0) e se classificaria para as semifinais. Pelo grupo 4, os EUA, com uma equipe recheada de profissionais ingleses e escoceses naturalizados americanos, sob o comando do famoso treinador Jack Coll, suplantariam as equipes do Paraguai e da Bélgica, com duas vitórias pelo mesmo placar: 3 a 0.

Os Estágios Finais do Mundial
Pelas semifinais da Copa de 1930, Uruguai e Argentina provaram que eram, de longe, as duas melhores seleções da competição ao arrasarem seus adversários, Iugoslávia e EUA, respectivamente, exatamente pelo mesmo placar: 6 a 1. Na partida entre Argentina e EUA, três jogadores americanos se contundiram seriamente e tiveram que abandonar o campo. Na época, não eram permitidas substituições durante os jogos. Já na partida entre uruguaios e iugoslavos, o juiz brasileiro Almeida Rêgo teve uma atuação bastante discutível, que prejudicou bastante a seleção européia.

Não houve decisão de terceiro lugar. A final foi disputada no dia 30 de julho. Era uma repetição da final olímpica de dois anos antes, em Amsterdã, quando o Uruguai havia batido a Argentina e conquistado o bicampeonato olímpico. Dessa vez, os argentinos queriam a vingança. Cerca de 15 mil portenhos atravessaram o Rio da Prata aos gritos de “Victoria o muerte” para torcer por sua seleção. A preocupação com a segurança era grande. Os torcedores eram revistados atrás de armas. Entre 80 e 93 mil pessoas lotaram o “Centenário” que foi aberto seis horas antes do início da partida. Argentinos e uruguaios, cada qual, queriam jogar com sua bola. A FIFA decidiu então que a bola argentina seria empregada no primeiro tempo e a uruguaia, no segundo. O árbitro belga Jean Langenus, escalado para apitar a final, temia por sua segurança. O primeiro tempo terminou com os uruguaios perdendo por 2 a 1. Porém, na segunda etapa, fez-se valer a velha garra uruguaia. Aos 23 minutos da etapa final, o Uruguai já havia virado para 3 a 2. Os argentinos voltaram a pressionar. Bolas eram salvas em cima da linha da meta uruguaia. Porém, em um contra-ataque, no penúltimo minuto de jogo, a seleção da casa anotaria o seu quarto gol, através de Castro, que selaria a vitória do Uruguai por 4 a 2 e, com ela, o título inédito de campeão mundial de futebol, que se somaria ao de bicampeão olímpico.

Ficha Técnica da FinalUruguai 4 x Argentina 2

Local: Estádio Centenário (Montevidéu)
Público: 80.000
Juiz: Jean Langenus (Bélgica)
Assistentes: Ulises Saucedo (Bolívia) e Henry Cristophe (Bélgica)
Gols: Dorado 12, Peucelle 20 e Stábile 37 do 1º. Cea 12, Iriarte 23 e Castro 44 do 2º tempo.
Uruguai: Ballesteros, Nasazzi e Mascheroni, Andrade, Fernandez e Gestido, Dorado, Scarone, Castro, Cea e Iriarte. Técnico: Alberto Suppici
Argentina: Botasso, Della Torre e Paternoster, Juan Evaristo, Monti e Suarez, Peucelle, Varallo, Stabile, Ferreira e Manuel Evaristo. Técnico: Juan Tramutola

Os Campeões do Mundo

URUGUAI

Goleiros: Ballesteros (Rampla Juniors) e Capuccini (Peñarol)
Defensores: Mascheroni (Olimpia), Nasazzi (Bella Vista), Recoba (Nacional) e Tejera (Montevideo Wanderers)
Meias: Andrade (Nacional), Fernández (Peñarol), Gestido (Peñarol), Melogno (Bella Vista), Píriz (Nacional) e Riolfo (Peñarol)
Atacantes: Anselmo (Peñarol), Calvo (Miramar Misiones), Castro (Nacional), Cea (Nacional), Dorado (Bella Vista), Iriarte (Racing Club), Petrone (Nacional), Saldombide (Montevideo Wanderers), Scarone (Nacional) e Urdinarán (Nacional)   Técnico: Alberto Suppici

Campanha: 4 J, 4 V, 0 E, 0 D, 15 GF, 3 GC
Números da Copa de 1930
Países participantes: 13
Número de jogos: 18
Gols marcados: 70 (3,89 gols por jogo)
Público: 434.500 (24.139 por jogo)
Cidades-sede: 1
Artilheiro: Guillermo Stabile (Argentina), com 8 gols
Posição do Brasil: 6º lugar

Origem da Copa do Mundo

Taverna Freemason

Origem do futebol
O futebol teve sua origem em uma histórica reunião realizada na Taverna Freemason, em Great Queen Street, Londres, em 26/10/1863, quando foi criada a The Football Association, a federação de futebol da Inglaterra. No início, foi praticado em alguns colégios e clubes britânicos, seguindo as regras ainda imprecisas do organismo oficial que regia o novo esporte em todo o País. Assim, o primeiro jogo internacional teve lugar em uma tarde chuvosa de 30/11/1872, em Glasgow: um empate de zero a zero entre Inglaterra e Escócia. A partir deste começo, o futebol passou a se espalhar rapidamente por todo o continente europeu, vindo em seguida a descobrir novos continentes. Em 1880, chegava ao Canadá. Em 1882, ao Uruguai. E no ano de 1895, o novo e apaixonante esporte bretão desembarcava no Brasil e na Argentina.

A Fundação da FIFA
No início do século XX, o futebol era praticado por federações nacionais amadoras. As partidas amistosas entre as seleções nacionais eram armadas às pressas, na base do improviso. Foi quando o holandês Karl Hirschmann tornou-se o primeiro homem a pensar num organismo internacional que juntasse todas as federações nacionais e que pudesse organizar um campeonato mundial. Naquela época, desde 1872, as quatro seleções do Reino Unido disputavam anualmente a chamada “The Cup”, um importante torneio cuja taça era entregue ao capitão da seleção campeã pelo primeiro-ministro. Impressionado com o sucesso daquela competição, Hirschmann então sonhava com uma “Cup” com dimensões mundiais. Com base nesse sonho, ele conseguiu o apoio de representantes de outras nações européias, que culminou na fundação da FIFA, em 21/05/1904, em Paris. Os Países fundadores foram França, Holanda, Espanha, Suíça, Bélgica, Dinamarca e Suécia. O primeiro presidente eleito foi o francês Robert Guérin.

                A Idéia da Copa do Mundo
                                                                   Jules Rimet

Após sua fundação, a FIFA realizou vários congressos visando a organização de um campeonato mundial. Porém, devido a conflitos de interesses, muitas propostas revelaram-se inviáveis à medida que a entidade tornava-se cada vez maior. Veio então a I Guerra Mundial, e o sonho da Copa do Mundo ficou mais distante. Até então, a FIFA, se limitava a organizar a cada quatro anos o torneio de futebol dos Jogos Olímpicos. Após a guerra, no congresso de 1920, o francês Jules Rimet, um homem com a idéia fixa na criação da Copa do Mundo, foi eleito presidente da FIFA. Nos anos 20, o profissionalismo no futebol já era conhecido em toda a Europa, e Rimet sabia que o torneio dos Jogos Olímpicos já não representava um autêntico confronto de forças. Dessa maneira, depois de mais alguns anos de intenso processo de convencimento dos dirigentes mundiais do esporte, no congresso de 1927, em Helsinque, foi finalmente aprovada a proposta de criação da Copa do Mundo, sendo essa a primeira vez que tal denominação foi oficializada. Foi decidido também que a Copa seria disputada a cada quatro anos. No congresso do ano seguinte, durante os Jogos Olímpicos de Amsterdã, foram escolhidos o ano e o país-sede da primeira Copa do Mundo: 1930 e Uruguai.

As razões da escolha do Uruguai foram: o prestígio obtido pelo futebol daquele País após a conquista do bicampeonato olímpico, em 1924 e em 1928; o fato de em 1930 o Uruguai estar comemorando o centenário de sua independência; e, por último, mas não menos importante, as garantias dadas pela AUF, a associação de futebol daquele País, às demais federações de pagar suas passagens e estadias, bem como dividir com as mesmas os possíveis lucros gerados pela competição. Porém, nem todas as federações gostaram da escolha do País sul-americano para sediar o primeiro certame mundial. Assim, Espanha, Hungria, Suécia e Itália desistiram de participar da competição.

                                                                       A Taça

Para simbolizar a Copa do Mundo, Jules Rimet encomendou ao artesão francês Abel Lefleur a confecção de um troféu de ouro e liga de prata sobre uma base azul de lápis lazuli, com 3,8 kg de peso e 35 cm de altura, cujos gastos finais totalizaram 50 mil francos, uma fortuna para a época. A taça tinha a forma octogonal, apoiada por uma figura alada representando Niké, deusa grega da vitória, sobre um pedestal em cuja base eram gravados os nomes dos Países campeões. A taça, que seria rebatizada em 1946 com o nome de Jules Rimet, tinha posse transitória até que algum País vencesse a competição por três vezes, consecutivas ou não, o que viria a acontecer com o Brasil em 1970.
















Confira os 15 maiores goleiros-artilheiros da história

                                                               rogerio ceni
              
                        Em toda história do futebol, sempre foi considerado o responsável pelo anti-clímax do jogo. Afinal, é dele a missão de evitar o ápice de uma partida que é o gol. Com o passar dos anos, porém, alguns arqueiros provaram que também poderiam fazer a alegria de seus torcedores marcando gols. E um exemplo bem próximo é o ídolo do São Paulo Rogério Ceni.

O jogador de 37 anos lidera o ranking da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), com 88 gols. Deste total, foram 38 gols em cobranças de pênaltis e 50 gols batendo faltas.
Embora, atualmente seja o mais famoso dos goleiros-artilheiros, Rogério não é o único. Muito pelo contrário. O IFFHS publicou recentemente uma lista com os 15 maiores "matadores" entre os goleiros.

O segundo colocado é o polêmico paraguaio José Luis Félix Chilavert, que se aposentou com 62 gols na carreira. Os "fanfarrões" René Higuita (Colômbia) e Jorge Campos (México), que também já penduraram as chuteiras, vêm logo a seguir, com 41 e 40 gols, respectivamente.
Entre os goleiros que ainda continuam em atividade, que mais se aproxima do brazuca é o peruano Johnny Martín Vegas, do Alianza-PER. Atualmente, ele tem 34 anos e já anotou 37 gols.
Não contente em ser disparado o maior goleiro-artilheiro, Rogério Ceni quer mais. Além de querer atingir a marca de mil jogos na carreira, o jogador pretende aposentar-se apenas quando chegar à marca de 100 gols. Por enquanto, faltam 12. Será que ele chega lá?

Confira os 15 maiores goleiros-artilheiros:
1. Rogério Ceni (São Paulo/Brasil): 88 gols (38 gols de pênalti/50 gols normais ou de falta)
2. José Luis Félix Chilavert* (Paraguai): 62 (45/17)
3. René Higuita * (Colômbia): 41 (37/4)
4. Jorge Campos* (México): 40 (9/31)
5. Johnny Martín Vegas (Alianza/Peru): 37 (29/8)
6. Dimitar Ivankov (Bursaspor-TUR/Bulgária): 37 (37/0)
7. Álvaro Misael Alfaro (Isidro Metapán/El Salvador): 31 (20/11)
8. Hans-Jörg Butt (Bayern de Munique/Alemanha): 29 (29/0)
9. Fernando Arturo Castro Patterson (Xelajú/Costa Rica): 28 (24/4)
10. Marco Antonio Cornez* (Chile): 24 (24/0)
11. Dragan Pantelić* (Sérvia): 22 (21/1)
12. Žarko Lučić* (Montenegro) 21 (21/0)
13. Nizami Sadigov* (Azerbaijão): 21 (12/9)
14. Cristian David Lucchetti (Banfield/Argentina): 18 (18/0)
15. Vincent Enyeama (Hapoel Tel-Aviv-ISR/Nigeria): 17 (17/0)



*Aposentados

quinta-feira, 18 de março de 2010

BOLETIN DA COPA 2010

        
  DEFINIDA PROGRAMAÇÃO DA SELEÇÃO PARA A COPA DO MUNDO
A CBF divulgou algumas informações sobre a programação da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2010. A lista final com os nomes dos 23 jogadores que irão ao Mundial será anunciada na primeira quinzena de maio. Além destes nomes, mais 7 outros jogadores serão anunciados numa lista suplementar, para casos de contusão no grupo principal. No dia 22 do mesmo mês, a seleção se apresenta em Curitiba, onde ficará, até o dia 26, hospedada no Centro de Treinamento do Atlético-PR. No mesmo dia 26, a delegação embarca para Johanesburgo, onde ficará instalada no Hotel Fairway. Antes da estréia na Copa, estão programados mais dois amistosos. Os adversários ainda estão indefinidos, mas comenta-se que devem ser uma seleção européia e outra africana.

ÁFRICA DO SUL EMPATA COM O VOLTA REDONDA
É dura a vida de técnico da seleção da África do Sul, País-sede da próxima Copa do Mundo. No último sábado, a equipe treinada pelo brasileiro Carlos Alberto Parreira não saiu de um pobre resultado de 0 a 0 contra o Volta Redonda, clube que disputa a Primeira Divisão do Campeonato Carioca, no primeiro amistoso disputado no Brasil. A seleção apelidada de “Bafana Bafana”encontra-se desde a última terça-feira treinando em Teresópolis, no Rio de Janeiro. Durante este primeiro amistoso jogado na Granja Comary, o empate persistiu apesar do domínio amplo dos sul-africanos, e de um pênalti perdido por Cale Franklin. A equipe de Parreira, que sofre com a falta de qualidade técnica no seu elenco, fica no Brasil se preparando para a Copa até o dia 7 de abril. Mais seis amistosos estão programados: Cruzeiro, Fluminense, Botafogo, Palmeiras, Santos e Paraguai.

   GUUS HIIDINK REJEITA TREINAR COSTA DO MARFIM NA COPA
O técnico holandês Guus Hiddink revelou, no último sábado em entrevista à imprensa de seu País, que rejeitou convite para treinar a seleção da Costa do Marfim na Copa do Mundo de 2010. Ele tomou a decisão mesmo com todo o apoio recebido pelo craque Didier Drogba, do Chelsea e da seleção marfinense, a favor da indicação de seu nome e a despeito da excelente proposta financeira que a federação daquele País lhe fez. Hiddink é treinador da Rússia, que não se classificou para o Mundial. Seu contrato termina em julho e ele já havia decidido assumir o comando da Turquia logo depois da Copa, em agosto. Hiddink já treinou a Holanda, na Copa de 1998, a Coréia do Sul, na Copa de 2002, e a Austrália, na Copa de 2006. Nas duas primeiras vezes, ele foi semifinalista do Mundial. A Costa do Marfim está sem técnico desde a demissão do bósnio Vahid Halilhodzic, após a eliminação do País na Copa da África, em janeiro. A Costa do Marfim será a segunda adversária do Brasil na Copa de 2010.

            ARGENTINA INDISCIPLINADA
Ta lá no site da FIFA: a Argentina possui o recorde de maior número de advertências com cartões da história das Copa do Mundo, com 88 advertências recebidas. Este não é o seu único indesejável recorde de indisciplinas: Leandro Cufre possui o registro de ter sido o último jogador expulso em uma partida de Copa do Mundo, em jogo contra a Alemanha em 2006. Cláudio Cannigia foi o único jogador a receber um cartão vermelho no banco, em partida contra a Suécia em 2002. A Argentina possui também o recorde de expulsões em Copas do Mundo, com 10 expulsões em 64 jogos. E por último, a Argentina é a única seleção a ter tido dois jogadores expulsos numa única final de Copa do Mundo, Pedro Monzon e Gustavo Dezotti, em 1990.

                                        FAVORITISMO, NO MOMENTO ATUAL
À medida que a Copa do Mundo se aproxima, crescem as apostas sobre quem são os favoritos para a conquista do próximo Mundial. Sem tradição, mas com um time muito sólido, os atuais campeões europeus, os espanhóis, são os mais cotados para vencer a Copa de 2010. Pesam contra eles, todavia, além da falta de tradição e da fama de amarelar nas horas decisivas, o fato da Copa ser jogada fora de seu continente. Por sua vez, a Inglaterra, depois que passou a ser treinada pelo italiano Fabio Capello, assumiu a segunda colocação na bolsa de apostas. O “English Team” está mais sólido em termos táticos e tem hoje a seu dispor uma constelação de craques, onde brilha a estrela do atacante Wayne Rooney, que vive um momento excepcional de sua carreira. O Brasil corre em terceiro lugar nesta lista de favoritos, graças à regularidade, disciplina tática e força física deste time armado por Dunga. Pesa a favor do Brasil também, o fato da Copa não ser na Europa. Porém, por outro lado, pesa contra o Brasil, a ausência na equipe de um número maior de jogadores habilidosos, com técnica superior, como foi em outras edições recentes de Copa do Mundo. Em relação a outras seleções tradicionais, pode-se dizer que Alemanha, França e Itália ainda não conseguiram se encontrar, e a Argentina, que fez um jogo razoável contra a Alemanha no início deste mês, ainda teria que mostrar em outras partidas que realmente se recuperou da péssima fase vivida nos últimos meses. Atenção especial deve ser também dispensada à Holanda, que possui um excelente grupo de jogadores. Quanto às seleções africanas, ninguém duvida que esta será a chance maior delas de tentar chegar mais longe em uma Copa do Mundo, mas, até agora, nenhuma delas vem despertando atenção por suas performances coletivas.

  BECKHAM SE MACHUCA E ESTÁ FORA DA COPA
Neste domingo, 14, o meia inglês David Beckham, 34 anos, rompeu o tendão de Aquiles em partida entre seu clube, o Milan, contra o Chievo, pelo campeonato italiano. O jogador foi operado nesta segunda-feira e poderá ficar até seis meses afastado dos campos. Com 115 partidas pela seleção de seu País, Beckham está fora da Copa de 2010. Este seria seu quarto Mundial. Após a cirurgia, Beckham foi convidado para fazer parte da comissão técnica da seleção inglesa.

V Copa do Mundo – Suiça 1958

         Provisoriamente, a Suécia havia sido apontada como sede da Copa do Mundo de 1958 no Congresso da FIFA em Luxemburgo, em 1948. A confirmação se deu no Congresso de Zurique, em 1954. Um ano depois, aos 78 anos de idade, falecia Rodolphe Seeldrayers, o belga que presidia a FIFA desde novembro de 1954. Seu substituto, o britânico Arthur Drewry, manteve a decisão de realizar a Copa na Suécia. O Comitê Organizador da competição teve seu comando entregue ao suíço Ernst Thommen, que já tinha a experiência de ter organizado o Mundial anterior. Neste período, a FIFA teria mais duas perdas importantes com os falecimentos dos franceses Henri Delaunay, em 1955, e Jules Rimet, em 1956, dois grandes pioneiros da entidade. Eles não veriam o torneio mundial organizado pelo País escandinavo que seria um dos mais marcantes da história pela estréia de Pelé, pela primeira vitória do Brasil, pelo aparecimento da tática do 4-2-4 e pelo francês Just Fontaine, com seus treze gols marcados em uma só Copa, um recorde. A exemplo da Copa anterior, a competição voltou a ser televisionada com exclusividade para a Europa, onde onze Países compraram o sinal emitido pela Eurovisão.


Surpresas nas Eliminatórias: Uruguai e Itália Ficam Fora da CopaUm ano antes da Copa foram disputadas as Eliminatórias que deveriam levar à classificação de 14 seleções. Elas se juntariam à Suécia, País-sede, e Alemanha Ocidental, campeã do Mundial anterior. Na época, havia um grande desequilíbrio na distribuição das vagas restantes. Os europeus deveriam ficar com dez vagas, os sul-americanos com três, e o resto do mundo com uma. No total, 51 países se inscreveriam para disputar as Eliminatórias. Pelos grupos europeus, foi destaque a classificação da URSS, que assim participaria de sua primeira Copa do Mundo, e de todas as quatro nações do Reino Unido – Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales – sendo esta a única vez em que isto aconteceu na história das Copas. A Irlanda do Norte conseguiu a façanha de eliminar a Itália. Detalhe interessante: a Itália usou nas Eliminatórias a dupla uruguaia campeã mundial de 1950 – Ghiggia e Schiaffino – ambos, agora, naturalizados italianos. A classificação de Gales, entretanto, só se deu de maneira indireta. No seu grupo das Eliminatórias, o País de Gales foi eliminado pela Tchecoslováquia. Porém, na final do grupo da zona africano-asiática restaram Israel e Sudão que decidiriam quem iria à Copa. Como o Sudão desistiu de enfrentar Israel, a FIFA temendo transformar a Copa em uma disputa político-ideológica, decidiu que Israel deveria disputar a vaga com um País europeu. Foi feito então um sorteio com os segundos colocados dos grupos daquele continente, e Gales, por pura sorte, foi o escolhido para enfrentar Israel. Com duas vitórias por 2 a 0, uma em Telavive e outra em Cardiff, a seleção galesa acabou se tornando a 11ª equipe européia classificada para a Copa de 1958.

Na zona sul-americana, três grupos foram formados: Brasil, Argentina e Uruguai eram os cabeças-de-chave de seus respectivos grupos. Coube ao Brasil pegar o Peru. Foram dois jogos dificílimos: Em Lima, empate de 1 a 1. No jogo de volta, no Maracanã, vitória magra do Brasil por 1 a 0, com um gol de folha-seca de Didi, e o Brasil estava na Copa. Por sua vez, em 1957, a Argentina tinha seus melhores jogadores atuando por clubes italianos e o sindicato dos atletas profissionais do País proibia a atuação deles na seleção nacional. Assim, com uma seleção de veteranos, onde se destacava o craque Angel Labruna, aos 39 anos, a Argentina treinada por Guillermo Stábile, artilheiro da Copa de 1930, conseguiria a classificação, eliminando Chile e Bolívia. A grande decepção, todavia, acabaria sendo o Uruguai, que foi eliminado pelo Paraguai.

Os Favoritos: O Brasil Não Estava Entre Eles Um pouco antes da Copa, a revista francesa “France Football” declarou que os favoritos para a conquista do caneco na Suécia eram Alemanha Ocidental, Hungria, Inglaterra, Suécia e Tchecoslováquia. Os alemães, então campeões mundiais, tinham uma equipe com apenas quatro veteranos da campanha anterior. Ainda treinada por Sepp Herberger, mantinham o velho padrão de solidez na defesa e força no ataque. Nesta Copa, estrearia o centroavante Uwe Seeler, com apenas 18 anos, que faria história no futuro com a camisa da seleção de seu País. A Hungria, porém, tinha sido fortemente afetada pela invasão soviética de 1956. No momento da invasão, o time do Honved, base da seleção que encantara o mundo na Copa de 1954, estava viajando pelo exterior. Muitos jogadores então decidiram não voltar ao seu País, entre eles Puskas, Kocsis e Czibor. A seleção húngara estava, portanto, dividida e, na Suécia, estaria longe de ter o mesmo poderio de quatro anos antes. A Inglaterra, embora tivesse um grande time, havia perdido, em fevereiro de 1958, dois grandes craques do Manchester United e da seleção em um acidente aéreo em Munique: Duncan Edwards e Tommy Taylor. Na Copa da Suécia, a seleção inglesa ainda seria treinada por Walter Winterbotton, que dirigia o time desde 1947. Quanto à seleção da casa, a Suécia, ela foi bastante fortificada pela decisão da federação de seu País de finalmente permitir o profissionalismo. Assim, craques da seleção olímpica campeã de 1948, que haviam ido jogar na Itália, voltaram ao seu País, entre eles, Gunnar Gren e Niels Liedholm. Além destes, voltavam também ao País craques como Gunnar Nordahl, Nacka Skoglund e Kurt Hamrin, bem como o técnico inglês George Raynor, que havia comandado a equipe na bem-sucedida campanha na Olimpíada de 1948.

A França não aparecia entre os favoritos, assim como Argentina e Brasil. Quanto ao Brasil, os europeus reconheciam a habilidade e a arte de tratar a bola dos jogadores verde-amarelos, mas diziam que os mesmos eram psicologicamente despreparados para vencer uma competição desta envergadura. Quanto à URSS, estreante em Copas, a revista francesa considerava-a a grande incógnita da competição. Campeã olímpica de futebol em 1956, escondida por trás da cortina de ferro, dizia-se ter um futebol programado cientificamente, um futebol de laboratório.

Havelange Assume a CBD e Muda o Planejamento do Brasil Para a Copa
Após ter sido eliminado nas cinco Copas anteriores, havia um consenso no Brasil de que os nossos jogadores eram habilidosos, mas inconseqüentes e pouco sérios, e que esse “defeito” tinha sido responsável por nossas derrotas e eliminações precoces. Após a Copa de 1954, a seleção brasileira havia excursionado pela Europa, em 1956, sob o comando de Flavio Costa, o mesmo técnico vice-campeão mundial de seis anos antes, e tinha se envolvido em confusões nos gramados europeus. No ano seguinte, já sob o comando de Osvaldo Brandão, o Brasil perderia o Campeonato Sul-Americano para a Argentina. Assim, em janeiro de 1958, em substituição a Sílvio Pacheco, João Havelange assumia a presidência da CBD. Uma vez na CBD, Havelange, um advogado ligado à natação, ex-atleta olímpico, e chefe da delegação nacional na Olimpíada de 1956, decidiu fazer algumas mudanças importantes. Nomeou Paulo Machado de Carvalho, um empresário da mídia de rádio e TV, como vice-presidente e responsável pelo planejamento para a Copa. Junto com ele, estariam Carlos Nascimento, supervisor, Hilton Gossling, médico, Paulo Amaral, preparador físico, e duas novidades: João Carvalhaes, psicólogo, e Mário Trigo, dentista. Era a primeira vez que a seleção tinha dois profissionais destas especialidades em sua delegação. Para técnico, foi nomeado Vicente Ítalo Feola, 49 anos, gordo e bonachão, que havia sido bicampeão paulista dirigindo o São Paulo, ainda na década de 40. Feola, na verdade, à época de sua indicação para a seleção, não exercia exatamente a função de técnico do clube paulista. Ele era diretor técnico do São Paulo, mas quem escalava o time era Bela Gutman. Feola era certamente uma escolha mais amoldável para o novo planejamento da seleção, que preconizava um forte trabalho de equipe, que certamente não seria aceito tão facilmente por técnicos mais turrões como Flávio Costa, por exemplo. Assim, em abril de 1958, foi anunciada a lista de 33 jogadores que estavam pré-selecionados para a Copa. Junto com a lista, vinha todo um planejamento de preparação. Quando a lista final dos 22 que iriam à Copa foi anunciada, os nomes relacionados incluíam 12 jogadores de clubes cariocas e 10 de São Paulo. Na lista, apareciam os nomes de Pelé e de Garrincha, que jogariam juntos pela primeira vez em 18/05/1958, em amistoso contra a Bulgária, no Pacaembu, com vitória brasileira por 3 a 1. Nos oito anos seguintes, o Brasil jamais perderia uma partida com os dois em campo. Pelé, contudo, por pouco não viajou com a delegação, pois havia se machucado no último amistoso no Brasil antes da Copa: uma partida contra o Corinthians. Porém, na última hora, a comissão técnica decidiu mantê-lo no time. No dia 24 de maio, a seleção rumava para a Suécia a bordo de um DC-7 da Panair.


A Primeira Fase do Mundial
O francês Just Fontaine(foto), o maior artilheiro da história em uma só Copa: 13 gols em 1958

Novamente a FIFA mudou o regulamento da primeira fase do Mundial. Desta vez foi mantida a divisão das 16 seleções em 4 grupos de 4 equipes. Porém, diferentemente de 1954, todos enfrentavam todos, sem prorrogação em caso de empate, e se dois times acabassem empatados em número de pontos na segunda colocação, um jogo-desempate era disputado. Se persistisse o empate, valia o saldo de gols ou, em último caso, haveria um sorteio para definir quem passaria para a próxima fase.

Assim, pelo grupo 1, a campeã do mundo, a Alemanha Ocidental, estreou batendo uma Argentina de péssimo preparo físico, por 3 a 1. Nessa partida, Seeler marcou seu primeiro gol em Copas. Em seguida, os alemães empataram duas vezes pelo mesmo placar – 2 a 2 – com Tchecoslováquia e Irlanda do Norte, garantindo a classificação para a fase seguinte. Os argentinos, por sua vez, ganharam da Irlanda, mas acabaram tomando uma goleada histórica de 6 a 1 dos tchecos, enterrando assim suas esperanças de classificação. Tchecos e irlandeses empataram no número de pontos na segunda colocação. No jogo-desempate, com dois gols de McParland, a Irlanda venceria por 2 a 1 e seguiria em frente na Copa.
Pelo grupo 2, França e Iugoslávia dominaram e terminaram empatados em número de pontos. Pelo saldo de gols, a França ficou com a primeira posição. O time gaulês, treinado por Paul Nicolas, tinha um ataque formado por Piantoni e Fontaine, do Stade de Reims, que marcaria época. Eles eram munidos pelo excelente meia Raymond Kopa, que atuava no Real Madrid. Os franceses marcaram 11 gols na primeira fase do Mundial de 1958, sendo 6 anotados por Fontaine. Neste grupo, as seleções eliminadas foram Escócia e Paraguai.
Pelo grupo 3, os donos da casa, os suecos fizeram bonito nas duas partidas iniciais ao bater o México, por 3 a 0, e a Hungria, por 2 a 1, garantindo sua classificação. Na terceira partida, contra o País de Gales, que possuía uma defesa bastante fechada, sobreveio um empate sem gols. O País de Gales já havia antes empatado também com Hungria e México. Com a goleada de 4 a 0 sobre o México, a Hungria garantiu o direito de jogar um jogo-desempate com Gales para decidir a segunda colocação. Foi uma partida violenta, em que os húngaros, que já não eram mais aqueles de quatro anos antes, acabaram sendo eliminados ao tomar uma virada e perder por 2 a 1. Este jogo foi assistido por apenas 2.832 espectadores.

Pelé e Garrincha Estréiam: o Brasil Dá Show Contra a URSS


No grupo 4, estava o Brasil. Na estréia contra a Áustria, terceira colocada da Copa anterior, o técnico Feola escalou um meio campo com Dino Sani e Didi, e um ataque com Joel, Mazzola, Dida e Zagallo. Pelé e Garrincha não foram escalados. Porém, o resultado foi auspicioso: uma bela vitória por 3 a 0, com gols dde Mazzola (2) e Nilton Santos. Ainda na primeira rodada, a Inglaterra empataria com o “futebol científico” da URSS por 2 a 2. Na rodada seguinte, porém, o Brasil, com uma só mudança no time, Vavá no lugar de Dida, não conseguiria sair de um empate sem gols contra a Inglaterra, o que levaria a mais mudanças na equipe. Este foi o primeiro 0 a 0 da história das Copas. Nesta rodada, a URSS havia batido a Áustria por 2 a 0, e se mantinha no páreo. Assim, para enfrentar os soviéticos na terceira e decisiva rodada, Feola, após conversas com os atletas mais experientes da equipe, decidiu colocar Zito, Pelé, com apenas 17 anos, e Garrincha para jogar. Para dar lugar a eles, saíram do time Dino Sani, Joel e Mazzola. Vavá permanecia no ataque, assim como Didi, no meio-campo. E foi um show. No estádio Nya Ullevi, em Gotemburgo, diante de quase 51 mil pessoas, o maior público da Copa, com dois minutos de jogo o Brasil já havia chutado duas bolas na trave de Lev Yashin, o goleiro que era uma verdadeira lenda soviética. Garrincha e Pelé foram os responsáveis pelos arremates. No terceiro minuto, Vavá abriu a contagem. O Brasil dominaria intensamente a partida, e ampliaria com outro gol de Vavá aos 31 do segundo tempo. No final, a vitória por 2 a 0 com o futebol apresentado pela seleção canarinho maravilharia o mundo e colocaria o Brasil na lista dos favoritos para conquistar aquela Copa do Mundo. Para fechar a rodada, a Inglaterra tropeçaria diante dos austríacos ao empatar por 2 a 2, o que forçaria um jogo-extra contra a URSS para decidir o segundo colocado. Nesta partida, a URSS levaria a melhor ao vencer por 1 a 0, com gol de Ilyn, aos 23 minutos da etapa final.


As Batalhas das Quartas e das Semifinais
Momento histórico: Pelé marca seu primeiro gol em Copas, em partida contra o País de Gales

Pelas quartas-de-final da Copa de 1958, assim como em 1954, a Alemanha Ocidental voltou a enfrentar a Iugoslávia. E novamente voltou a vencer: dessa vez por 1 a 0, com gol de Rahn, veterano da Copa anterior. A Alemanha possuía no seu ataque, além de Rahn, mais dois veteranos campeões de quatro anos antes, Fritz Walter e Schafer, na companhia do jovem garoto Uwe Seeler. Em Norkoping, a França, cada vez mais impossível, não tomou conhecimento da Irlanda do Norte, e aplicou 4 a 0, com mais dois gols de Fontaine. Em Estocolmo, a Suécia mostrou sua força e técnica ao bater a URSS por 2 a 0, dando assim uma grande alegria à sua torcida. Em Gotemburgo, o Brasil pegaria o País de Gales. Com Vavá machucado, Mazzola voltaria ao time. De resto, a equipe era a mesma que havia vencido a URSS na partida anterior. O técnico galês, Jimmy Murphey, um especialista em retrancas, armou seu time com dez jogadores na defesa, o que dificultaria bastante o trabalho dos brasileiros. O gol único da partida, aliás, um golaço, só seria anotado aos 26 minutos da etapa final através de Pelé: o seu primeiro gol em Copas. O Brasil estava mais uma vez na semifinal.

As semifinais foram jogadas no mesmo dia, 24 de junho, e na mesma hora, 19 horas, porém em cidades diferentes. Em Gotemburgo, Suécia e Alemanha Ocidental fariam uma partida bastante equilibrada. Na primeira etapa, Rahn abriria para a Alemanha, enquanto Skoglund empataria para a Suécia. Na etapa final, o jogo começou a pender para a Suécia depois que o juiz argentino Juan Brozzi começou a fazer vistas grossas para lances suspeitos envolvendo os donos da casa. Ao mesmo tempo, passou a castigar os alemães: Juskowiak foi expulso por revidar um tapa, e Fritz Walter, atingido violentamente, passou a fazer número em campo. Assim, a Suécia chegaria à vitória por 3 a 1, com gols de Gren e Hamrin nos dez minutos finais. Na outra semifinal, em Estocolmo, com Vavá de volta ao time, o Brasil daria espetáculo e massacraria a França por 5 tentos a 2. O primeiro tempo acabou 2 a 1 para o Brasil, placar que não traduzia o amplo domínio verde-amarelo na partida. O zagueiro francês Jonquet, atingido por Vavá, sairia de campo aos 27 minutos com suspeita de fratura na perna. Como substituições ainda não eram permitidas, a França passou a jogar o resto da partida com dez homens. Na segunda etapa, então, Pelé marcaria três gols e selaria a vitória histórica do Brasil

Vitória do Futebol-Arte
                                             Bellini ergue a taça de campeão
Pela disputa do terceiro lugar, a França se aproveitou de uma Alemanha Ocidental bastante modificada em razão de muitas contusões, e sapecou 6 a 3, conquistando o terceiro posto do Mundial. Fontaine aproveitou para marcar mais 4 gols, terminando a Copa com 13 tentos anotados, tornando-se, até hoje, o maior artilheiro de uma só Copa do Mundo.

A partida final foi disputada no estádio Rasunda, em Estocolmo, em 29 de junho. Cerca de 50 mil pessoas enchiam as arquibancadas. A arbitragem da partida foi entregue ao francês Maurice Guigue. Com insônia e nervoso, o lateral-direito brasileiro De Sordi não dormiu bem na véspera e pediu para ser substituído. No seu lugar, entraria Djalma Santos. No mais, a seleção brasileira era a mesma que havia goleado a França na semifinal: Gilmar, no gol; Djalma Santos pela direita; Bellini e Orlando, na zaga; Nilton Santos, pela lateral-esquerda; Zito e Didi, no meio-campo; e um ataque formado por Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo. Brasil e Suécia possuíam, ambos, camisas amarelas e calções azuis. Foi então realizado um sorteio e o Brasil perdeu. Sem segundo uniforme, foi preciso comprar camisas azuis e calções brancos em uma loja de Estocolmo, descosturar os escudos da CBD da camisa amarela e costurá-los na camisa azul. “Tudo bem”, diria Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira na Suécia, e mais tarde conhecido como o “Marechal da Vitória”, “O novo uniforme era da cor do manto de Nossa Senhora”. No dia anterior à partida, choveu muito e o campo estava pesado, o que poderia atrapalhar o melhor toque de bola dos brasileiros. Quando a pelota começou a rolar, sobreveio um susto logo aos 4 minutos, quando os suecos abriram o placar com Liedholm. Porém, cinco minutos depois, Garrincha, sem marcação especial sobre ele, faria grande jogada pela direita e cruzaria para o empate de Vavá. Aos 32 minutos, em jogada idêntica com os mesmos jogadores, o Brasil viraria a contenda: 2 a 1. Na segunda etapa, assim como aconteceu contra a França, o Brasil entraria com ímpeto redobrado e com gols de Pelé e Zagallo ampliaria para 4 a 1. Simonsson ainda diminuiria, mas Pelé, de cabeça, daria números finais ao jogo histórico estabelecendo o mesmo placar da semifinal contra a França: 5 a 2. Era a consagração do futebol brasileiro, que com planejamento e com uma grande equipe formada por jogadores excepcionais, havia colocado abaixo o mito do jogador brasileiro incapaz de se impor nas grandes competições internacionais. No centro do campo, sobre um tablado de madeira, para delírio da torcida brasileira, Bellini imortalizou o gesto do capitão que levanta e mostra a taça triunfante para o público. Melhor enredo não poderia ser: o Brasil era finalmente campeão mundial.

Ficha Técnica da Final
Brasil 5 x Suécia 2

Local: Estádio Rasunda (Estocolmo)
Público: 51.800
Juiz: Maurice Guigue (França)
Assistentes: Albert Dusch (Alemanha) e Juan Gardeazabal (Espanha)
Gols: Liedholm 4, Vavá 9 e 32 do 1º. Pelé 10, Zagallo 23, Simonsson 35 e Pelé 45 do 2º tempo.

Brasil: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos, Zito e Didi, Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo.
Técnico: Vicente Feola
Suécia: Svensson, Bergmark e Axbom, Borjesson, Gustavsson e Parling, Hamrin, Gren, Simonsson, Liedholm e Skoglund.
Técnico: Georges Raynor

Os Campeões do Mundo



BRASIL

Goleiros: Gilmar (Corinthians) e Castilho (Fluminense)
Defensores: Bellini (Vasco), Djalma Santos (Portuguesa), Dino Sani (São Paulo), Oreco (Corinthians), Zózimo (Bangu), Nilton Santos (Botafogo), De Sordi (São Paulo), Orlando(Vasco) e Mauro (São Paulo).
Meias: Didi (Botafogo), Moacir (Flamengo) e Zito (Santos).
Atacantes: Zagallo (Flamengo), Pelé (Santos), Garrincha (Botafogo), Joel (Flamengo), Mazola (Palmeiras), Vavá (Vasco), Dida (Flamengo) e Pepe (Santos)
Técnico: Vicente Feola


Campanha: 6 J, 5 V, 1 E, 0 D, 16 GF, 4 GC

Números da Copa de 1958
Países participantes: 16
Número de jogos: 35
Gols marcados: 126 (3,6 gols por jogo)
Público: 919.580 (26.724 por jogo)
Cidades-sede: 12
Artilheiro: Just Fontaine (França), com 13 gols
Posição do Brasil: campeão