Seleção de Futsal de São Paulo do Potengi

Seleção de Futsal de São Paulo do Potengi
Em pé: João da Revemac, Zé Quirino, Lia de Bento, Elias Alves, Jailson Gordo(tecnico), e Evandro(auxiliar) , Agachados: João Cabral, Valmir de Manoel Bezerra, Totonho e Porrongo(massagista).

Quem sou eu

Minha foto
São Paulo do Potengi, Nordeste, Brazil
Desportistas, Amantes do Esporte em Geral

SEJAM BEM VINDOS

ESTE ESPAÇO É DEDICADO A TODOS QUE QUEIRAM USA-LO PARA AJUDAR A DIVULGAR O ESPORTE EM GERAL SEJA ELE MUNICIPAL, ESTADUAL, NACIONAL E INTERNACIONAL, OBRIGADO PELA VISITA E VOLTE SEMPRE, QUE DEUS VOS ABENÇOE.

sábado, 27 de março de 2010

HISTÓRIA DAS COPAS DO MUNDO

Uma Copa Misturada Com Política
A escolha da Itália para sediar a Copa de 1934 foi confirmada pelo Congresso da FIFA de 08/10/1932, realizado em Zurique, Suíça. Já há algum tempo os italianos haviam começado a fazer investimentos em estádios com o intuito de mostrar ao mundo os novos tempos ditados pelo Partido Fascista, agremiação política de cunho ultranacionalista comandada pelo ditador Benito Mussolini, conhecido como o “Duce”. Os fascistas viam na Copa uma ótima oportunidade de fazer propaganda política. A imagem do “Duce” assistindo as partidas da Copa e as saudações fascistas dos jogadores italianos com seus braços esticados, bem como também dos alemães que viviam sob o jugo nazista, foram uma marca triste desta Copa do Mundo. A seleção italiana, dirigida pelo competente e veterano técnico Vittorio Pozzo, tinha pela ótica dos fascistas, que a ameaçava, a obrigação de ganhar a Copa. Oito cidades seriam sede do Mundial, sendo que Florença e Turim teriam estádios novinhos em folha.

Eliminatórias Pela Primeira Vez e Duas Ausências Sentidas
Para a Copa de 1934, pela primeira vez na história, foram realizadas Eliminatórias. Dos 45 países membros da FIFA, 32 se inscreveram para disputar a competição classificatória que definiria os 16 países finalistas. Por mais estranho que possa parecer até mesmo a Itália, o País-sede, teve que disputar o torneio eliminatório. Com uma vitória única de 4 a 0 sobre a Grécia, em partida disputada em Milão, os italianos estavam na Copa. Estranhamente, os gregos desistiram do jogo de volta, em Atenas. Ao final do torneio eliminatório, além da Itália, quase todas as grandes potências européias do futebol estavam classificadas. Pela América do Sul, o Brasil e a Argentina garantiram vaga. O Brasil foi ajudado pela desistência do Peru, com quem disputaria a vaga. Além destes Países, as presenças dos EUA, vencedor das Eliminatórias da América do Norte, Central e Caribe, e do Egito, o primeiro País africano a participar de uma Copa, davam uma dimensão mundial ao evento.
Porém, duas ausências seriam bastante sentidas: a do Uruguai que, ainda ressentido pela ausência dos europeus na Copa que organizara quatro anos antes, anunciou a sua desistência de ir à Itália, e a da Inglaterra, que arrogantemente se achava a melhor seleção do mundo, ignorando assim a competição mundial.

O Brasil Continuou Prejudicado Por Disputas Internas
Nos idos de 1934, o futebol brasileiro vivia uma crise: o profissionalismo, que se espalhava pelo mundo e que havia chegado ao País, não era aceito pela CBD que apoiava o amadorismo. Isso levou a um racha que acabou na criação da FBF, a Federação Brasileira de Futebol, que passou a congregar as equipes profissionais do País, que por tabela possuíam os melhores atletas em ação no Brasil. Porém, a FIFA não reconhecia a FBF, e cabia à CBD convocar e enviar a seleção brasileira para a Copa. Na época, a CBD era dominada pelos dirigentes do Botafogo, o único clube grande ainda filiado àquela entidade. E seu dirigente máximo era Carlito Rocha que passou a fazer propostas financeiras aos jogadores da FBF para que mudassem de lado. Esse incentivo conseguiu atrair alguns bons atletas do Rio e de São Paulo para a CBD, entre os quais Leônidas da Silva e Waldemar de Brito, mas foram insuficientes para que o Brasil levasse sua força máxima para a Copa da Itália.
Assim, no dia 12/05/1934, a delegação brasileira, chefiada por Lourival Fontes, com Carlito Rocha como delegado e juiz, e com um técnico, Luis Vinhais, que havia sido campeão carioca com o Bangu em 1933, embarcou no Porto do Rio no transatlântico “Conte Biancamano” para uma viagem de onze dias rumo a Gênova, na Itália. A viagem se revelaria cansativa para os 17 jogadores brasileiros que estavam a bordo, a menor delegação do País na história das Copas.

 As Oitavas-de-final do Mundial
Espanha bate o Brasil por 3 a 1

Quando do início do Mundial de 1934, duas seleções se destacavam como as grandes favoritas ao título. Primeiro, claro, a Itália, o País-sede, cujo time tinha como base a Juventus, de Turim, que venceria cinco campeonatos italianos consecutivos no início dos anos 30. A seleção italiana jogava junto há cerca de quatro anos e possuía grandes craques como Meazza, Ferraris IV e Schiavio, apoiados por vários “oriundi” (como os argentinos Monti, Guaita e Orsi, e o brasileiro Guarisi, também conhecido como Filó). Dentre os “oriundi”, Luis Monti havia jogado a final da Copa de 1930, pela seleção argentina. Outra grande equipe da época era a da Áustria, conhecida como “Wunderteam” ou “Equipe Maravilhosa”. A seleção austríaca vinha encantando a Europa nos últimos três anos. Era treinada por Hugo Meisl, uma espécie de Vittorio Pozzo austríaco. Porém, havia um consenso de que a equipe já havia passado de seu pico. Mathias Sindelar era seu principal astro. Quatro meses antes da Copa, em Turim, em partida amistosa, a Áustria bateria a Itália por 4 a 2, o que traria preocupações para os italianos.

Pelo regulamento da Copa, as partidas seriam jogadas na base do mata-mata, isto é, os vencedores seguiam passando de fase, enquanto os perdedores voltavam para casa. E assim, o Brasil foi suplantado logo no início pelo melhor conjunto da Espanha, debaixo de um calor de 31 graus. Ao final do primeiro tempo, os espanhóis já venciam por 3 a 0. Na segunda etapa, contudo, o Brasil melhorou. Leônidas diminuiu aos 11; Luisinho teve um gol mal anulado, por impedimento, aos 15; e Waldemar de Brito bateria um pênalti, aos 17, para a defesa do grande arqueiro espanhol Ricardo Zamora, à época com 34 anos. No final, Espanha 3 a 1, classificada, e o Brasil tendo que arranjar uma excursão às pressas pela Europa antes de retornar ao Rio de Janeiro.
A Itália estrearia na Copa com uma bela goleada de 7 a 1 sobre os EUA, que possuíam uma equipe bem inferior à de quatro anos atrás, no Uruguai; a Alemanha, que havia se preparado duramente para a Copa, virou pra cima da Bélgica por 5 a 2, depois de estar perdendo por 2 a 1 no final da primeira etapa; Suécia e Argentina fizeram um jogo bastante disputado, aonde os portenhos chegaram a estar duas vezes à frente do placar. Mas, no final, deu Suécia: 3 a 2; o ferrolho suíço suplantou a Holanda também por 3 a 2. Mais um 3 a 2 foi o resultado da vitória difícil da Áustria sobre a França; a Tchecoslováquia, por sua vez, virou pra cima da Romênia, vencendo por 2 a 1; e a Hungria, surpreendentemente, sofreu para bater o Egito por 4 a 2.

As Batalhas das Quartas-de-final
Dois embates das quartas-de-final da Copa de 1934 estavam entre os mais esperados daquele Mundial: Itália e Espanha, em Florença; e Áustria e Hungria, dois velhos inimigos, em Bolonha. Na batalha de Florença, italianos e espanhóis fizeram uma partida violenta, em que o juiz mostrou-se fraco. Mussolini a tudo assistia em tom ameaçador na tribuna do estádio. No final, após prorrogação, empate de 1 a 1. Como não havia ainda disputa de pênaltis, marcou-se outra partida para – incrível - o dia seguinte. Com vários atletas machucados de ambos os lados, a Itália optou por trocar quatro jogadores, enquanto a Espanha mudou sete. Foi mais um jogo duro, em que a Itália venceria com um gol de cabeça de Meazza, após cobrança de escanteio, indefensável para o goleiro reserva da Espanha, Noguet. Em Bolonha, em outro show de pancadaria, a Áustria bateria a Hungria por 2 a 1.

Nas outras duas partidas daquela fase, a Alemanha, com sua torcida brandindo suásticas, venceria a Suécia por 2 a 1, em Milão; e a Tchecoslováquia suaria para derrotar a defesa suíça por 3 a 2, naquele que foi considerado o melhor jogo desta fase da Copa.

Os Estágios Finais do Mundial
Meazza recebe a Copa do Mundo
O jogo mais aguardado da Copa de 1934, Itália versus Áustria, ocorreria em Milão, pelas semifinais. Porém, a forte chuva que havia caído na véspera da partida encharcou o campo e comprometeu o toque de bola da Áustria, cujos jogadores eram duramente marcados pelos italianos, que vinham de duas partidas cansativas contra os espanhóis. O único gol do jogo foi marcado pelo ítalo-argentino Guaita, aos 19 minutos do primeiro tempo, após uma trombada com o arqueiro austríaco Platzer. A Itália, assim, estava na final. Na outra semifinal, em Roma, uma das grandes surpresas da competição foi a vitória da Tchecoslováquia sobre a favorita Alemanha por 3 a 1. Com a ausência de seu principal craque, o atacante Karl Hohmann, machucado, a Alemanha, que jogava na tradicional formação em “W”, acabou sucumbindo ao eficiente futebol de toques curtos dos tchecos conhecido como “Escola do Danúbio”.

Pela primeira vez, houve disputa de terceiro lugar. Na partida jogada em Nápoles, a Áustria, sem Sindelar, machucado, acabou perdendo para a jovem equipe alemã pelo placar de 3 a 2, o que colocaria um ponto final na vibrante história do “Wunderteam”. Três anos depois, as tropas nazistas de Hitler invadiriam e anexariam a Áustria à Alemanha. Em 1939, aos 35 anos, Sindelar morreria em circunstâncias misteriosas, intoxicado por monóxido de carbono, tudo indica que por ação dos nazistas da Gestapo.
A final foi disputada num domingo, 10 de junho, em Roma, diante de 50 mil pessoas. O estádio não estava cheio. O “Duce” marcava presença na tribuna com todo o seu ministério. E foi um jogo muito nervoso. O primeiro tempo, bastante equilibrado, acabou sem gols. Porém, para grande susto da torcida local, o ponta-esquerda tcheco Antonin Puc, que havia deixado o campo com cãibras, retornava ao gramado para abrir a contagem aos 31 minutos da etapa final. Mais dois minutos, e Svoboda chutou na trave de Combi. Contudo, veio o gol de empate, aos 36, através de Raimondo Orsi, e a partida foi para a prorrogação. A torcida vibrava. E assim, logo aos 5 minutos do tempo extra, os “tifosi” exultaram quando Schiavio faria o gol da virada e do título para a Itália. A “Squadra Azzurra” ganhava assim seu primeiro título mundial, tendo proporcionado ao mundo uma Copa que deu à Itália um lucro de um milhão de liras. Um bom presságio para o futuro da competição.

Ficha Técnica da Final

Italianos celebram o título

Itália 2 x Tchecoslováquia 1

Local: Estádio Nacional (Roma)
Público: 50.000
Juiz: Ivan Eklind (Suécia)
Assistentes: Mihaly Ivancsics (Hungria) e Louis Baert (Bélgica)
Gols: Puc 31 e Orsi 36 do 2º. Prorrogação: Schiavio 5 do 1º tempo.
Itália: Combi, Monzeglio e Alemandi, Ferraris, Monti e Bertolini, Guaita, Meazza, Schiavio, Ferrari e Orsi.
Técnico: Vittorio Pozzo
Tchecoslováquia: Planicka, Zenisek e Ctyroki, Kostalek, Cambal e Krcil, Junek, Svoboda, Sobotka, Nejedly e Puc.  Técnico: Karel Petru

Os Campeões do Mundo



ITÁLIA

Goleiros: Combi (Juventus), Cavanna (Napoli) e Masetti (Roma)
Defensores: Alemandi (Ambrosiana-Inter), Caligaris (Juventus), Monzeglio (Bologna) e Rosetta (Juventus)
Meias: Bertolini (Juventus), Castellazzi (Ambrosiana-Inter), Ferraris (Roma), Meazza (Ambrosiana-Inter), Monti (Juventus), Pizziolo (Fiorentina) e Varglien (Juventus)
Atacantes: Arcari (Milan), Borel (Juventus), Demaria (Ambrosiana-Inter), Ferrari (Juventus), Guaita (Roma), Guarisi (Lazio), Orsi (Juventus) e Schiavio (Bologna)
Técnico: Vittorio Pozzo

Campanha: 5 J, 4 V, 1 E, 0 D, 12 GF, 3 GC

Números da Copa de 1934
Países participantes: 16
Número de jogos: 17                                                                                                                                   Gols marcados: 70 (4,12 gols por jogo)
Público: 358.000 (21.059 por jogo)
Cidades-sede: 8
Artilheiro: Oldrich Nejedly (Tchecoslováquia), com 5 gols
Posição do Brasil: 14º lugar

Nenhum comentário:

Postar um comentário