Num grande jogo no Canindé, a Portuguesa conseguiu acabar com uma sequência de dez vitórias consecutivas do Santos. A Lusa só não foi capaz de segurar a vitória. Vencia por 1 a 0 até os 44 minutos do segundo tempo, mas sucumbiu à pressão do Santos, que empatou com Zé Eduardo. Se serve de consolo para os lusitanos, a Portuguesa é mesmo a pedra nas chuteiras dos quatro maiores clubes de São Paulo neste estadual. A equipe não perdeu para seus principais rivais: empatou com Palmeiras (1 a 1), Corinthians (1 a 1), Santos e venceu o São Paulo (3 a 1).
O Santos segue na liderança do estadual, com 32 pontos. Já a Lusa vai a 21 e continua na luta pela classificação.
O Peixe volta a campo na próxima quarta-feira, às 21h50m (Brasília), para enfrentar o Naviraiense-MS, pela Copa do Brasil. Já a Portuguesa joga sábado, às 19h30m, contra o São Caetano, no Canindé, pelo Paulistão.
Lusa breca a molecada
A Portuguesa segurou os meninos da Vila Belmiro. Com uma marcação muito forte no meio de campo e três zagueiros bem posicionados, a Lusa conseguiu fazer com que a bola não chegasse redonda para os atacantes do Peixe. A equipe alvinegra tentava jogar pelo meio, tentando aproveitar André como pivô, sua jogada característica. Não conseguiu. A Lusa, firme, não deu moleza para o centroavante santista.
No ataque, a equipe, do Canindé deitou e rolou pelo seu lado esquerdo. O técnico do Santos, Dorival Júnior, posicionou Wesley na ala direita e Roberto Brum pelo meio, mas ajudando na cobertura do setor direito. Perdidos na marcação, os dois não conseguiam brecar as subidas de Fabrício. Athirson também caía muito bem por ali. Como havia espaço, até o atacante Luis Ricardo foi jogar pelo lado esquerdo.
O Peixe também tinha dificuldades pelo meio. Com Brum enrolado com Wesley na lateral, sobrou para Arouca marcar sozinho na cabeça de área. Quando Arouca saía para iniciar jogadas, abria-se um enorme espaço em frente à zaga santista. Com isso, Marco Antônio e Athirson tiveram muita liberdade para jogar. Foi assim que a Lusa abriu o placar, aos 14 minutos. Marco Antônio acertou um belo lançamento para Heverton, que recebeu na direita. Edu Dracena demorou demais para chegar e o atacante deu um toque certeiro de pé direito. A bola entrou no canto direito de Felipe.
O Santos tentou se mandar de vez para o ataque, mas insistindo demais pelo meio. Os jogadores ignoravam os insistentes pedidos de Dorival Júnior, que queria ver jogadas pelas pontas. Na única tabela correta acertada pelo time alvinegro, aos 17, Neymar largou Robinho na cara do gol. O Rei das Pedaladas chutou de canhota e o goleiro Fábio fez grande defesa.
Aos 35 minutos, vendo que seu time estava perdidinho na marcação no meio, Dorival Júnior colocou o meia Marquinhos no lugar de Roberto Brum. Marquinhos não é tão bom marcador, mas segurou bem a bola e deu qualidade nas saídas do Peixe. Com isso, a equipe alvinegra deixou de ser tão vulnerável.
Peixe pressiona muito e arranca empate no fim
O Santos voltou voando para o segundo tempo. O time acertou sua marcação no meio, com Arouca melhor posicionado e Wesley sem deixar Fabrício dominar pela esquerda. Dessa forma, o Peixe passou a jogar dentro do campo da Portuguesa. O goleiro Fábio via santistas por todos os lados. Robinho entrava pela direita, Neymar, pela esquerda. Marquinhos e Ganso pelo meio. A Lusa se salvava como podia.
Aos 11, Marquinhos recebeu de Robinho e, livre, de frente pelo goleiro, preferiu cruzar em vez de arrematar a gol. A zaga cortou. Aos 12, Neymar chutou de esquerda e obrigou Fábio a fazer grande defesa.
Como o Peixe se mandou para o ataque, a Lusa tinha espaço para contra-atacar. Houve chances e o jogo, que já era muito bom, melhorou ainda mais. Aos 21, Athirson tabelou com Luis Ricardo e perdeu para a zaga. Na sobra, Athirson chutou cruzado. A bola passou raspando a trave direita.
O Peixe respondeu em seguida. Wesley recebeu pelo meio e chutou colocado. A bola passou muito perto, à esquerda. Não havia tempo para respirar. Aos 26, Paulo Henrique Ganso acertou uma ótima enfiada de bola para Robinho, pela direita. O camisa 7 recebeu livre, mas o goleiro Fábio saiu para fechar o ângulo. Robinho, então, cruzou, mas ninguém apareceu para empurrar para dentro.
A Lusa sobrevivia à pressão santista e se lançava para o ataque. Aos 29, Athirson cruzou para Luis Ricardo chutar. O goleiro Felipe defedeu em dois tempos. Mas a pressão santista era mais intensa. Aos 37, a zaga da Lusa afastou mal e a bola sobrou para Robinho, que chutou cruzado, dentro da pequena área. Fábio fez outra grande defesa.
A pressão do Peixe acabou sendo insuportável para a Portuguesa. Aos 44, Zé Love, que havia entrado no lugar de André, aproveitou rebote de Fábio, após chute de Ganso, e estufou as redes. A torcida do Peixe explodiu e passou a confiar na virada. Aos 49, a Lusa ficou com um a menos, pois Athirson se chocou com Wesley e se machucou. Deixou o jogo chorando e não pôde ser substituído, pois a Lusa já havia feito três alterações. Mas não houve tempo para o Peixe.
Ao fim, a galera alvinegra reconheceu o empenho do time e aplaudiu.
Ficha técnica:
PORTUGUESA 1 x 1 SANTOS
Fábio, Preto Costa, Thiago e Domingos; Paulo Sérgio, Glauber, Marco Antônio (Henrique), Athirson e Fabrício; Héverton (Jean Natal) e Luis Ricardo (Rodrigo Silva).
Técnico: Vagner Benazzi
Gols: Héverton, aos 14 minutos do primeiro tempo; Zé Eduardo, aos 44 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Athirson, Fábio (Portuguesa), Durval, Pará (Santos). Cartão vermelho: .
Estádio: Canindé, em São Paulo. Data: 07/03/2010. Árbitro: Rodrigo Braghetto. Auxiliares: Rafael Ferreira da Silva e Leonardo Ferreira Alves. Renda e público: R$ 369.090,00/9.135 pagantes
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